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Voluntários vão soltar 60 mil peixes no rio Piracicaba

Por André Thieful |
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Divulgação
Repovoamento é o primeiro após a mortandade de toneladas de peixes ocorrida no rio de Piracicaba em julho
Repovoamento é o primeiro após a mortandade de toneladas de peixes ocorrida no rio de Piracicaba em julho

Voluntários de várias entidades vão soltar 60 mil peixes no rio Piracicaba na próxima sexta-feira (04). A ação será realizada no condomínio Estância Tamanduá em Santa Maria da Serra. Serão soltos no rio peixes da espécie nativa pacu-guaçu de tamanho juvenil.

O integrante do Instituto Beira Rio, Luis Fernando Magossi, o Gordo do Barco, explicou que a soltura será feita em Santa Maria da Serra devido à qualidade da água. “Lá, a qualidade da água está boa e quando vierem as chuvas não vai acontecer aquela enxurrada de lodo preto que pode matar o resto dos peixes. Então não podemos correr esse risco com os alevinos”, disse.

As entidades participantes da iniciativa são a AES Brasil, Instituto Beira Rio, SOS Rio Piracicaba, Remo Piracicaba, Escoteiros São Mario, Pira no Plogging, Ascapi (associação canoagem), Aperp (pescadores esportivos), Prefeitura de Piracicaba, Prefeitura de Santa Maria da Serra, Amoporto e Pegada Consultoria Ambiental.

Em março deste ano, cerca de 80 mil peixes da espécie pacu-guaçu foram soltas no rio Piracicaba, em uma ação de repovoamento. Esse tipo ação é realizada há mais de uma década e já povoou o rio com mais de um milhão de peixes.

CONTAMINAÇÃO - O repovoamento que será realizado novamente na próxima sexta-feira (04) é o primeiro após a mortandade de toneladas de peixes ocorrida no rio de Piracicaba em julho. A mortandade foi causada pelo despejo irregular de efluente lançado por uma usina de Rio das Pedras. A estimativa é que a contaminação matou mais de 235 mil espécimes de peixes.

Além do trecho urbano do rio, o contaminante chegou à região do Tanquã, área de proteção ambiental, e provocou nova mortandade. As espécies mais afetadas foram dourados, mandis e curimbatás.

A tragédia ambiental teve consequências. O Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio ambiente)  instaurou inquérito para apurar a responsabilidade da empresa que provocou o lançamento do efluente. Além disso, a Cetesb, após confirmar a causadora da contaminação, aplicou multa à usina no valor de R$ 18 milhões. A empresa recorreu  da decisão judicial e o caso ainda está em andamento.

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