SEM VISÃO

Doença da cegueira misteriosa afeta milhões no Brasil

Por Da Redação |
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A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e o Edema Macular Diabético (EMD) são doenças oculares conhecidas como "cegueira misteriosa" devido à sua evolução silenciosa e grave, levando à perda de visão central, essencial para atividades como leitura, direção e reconhecimento de rostos. Ambas estão entre as principais causas de cegueira irreversível no mundo, especialmente em idosos e diabéticos.

A DMRI é uma doença degenerativa que afeta a mácula, região central da retina responsável pela visão detalhada. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estima-se que a DMRI atinge 3 milhões de pessoas no Brasil. A doença, que afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos, pode ser dividida em duas formas: a seca, mais comum, e a úmida, mais agressiva e rápida na progressão. Sintomas como visão embaçada, manchas escuras no campo visual e distorção de linhas retas podem ser os primeiros sinais da DMRI. Tratamentos com injeções intravítreas, como anti-VEGF, têm se mostrado eficazes em retardar a progressão da forma úmida da doença.

O Edema Macular Diabético, por sua vez, é uma complicação ocular do diabetes, que ocorre quando o excesso de açúcar no sangue danifica os vasos sanguíneos da retina, resultando em vazamento de fluido para a mácula. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 7,7% da população brasileira é diabética, e cerca de 10% dos pacientes diabéticos desenvolverão EMD ao longo da vida. Isso significa que mais de 1 milhão de brasileiros podem estar em risco de perda de visão por conta da doença.

A progressão do EMD pode ser evitada com o controle rigoroso do diabetes e o uso de tratamentos como fotocoagulação a laser e injeções intraoculares. Contudo, a falta de diagnóstico precoce e acompanhamento médico regular pode resultar em perda permanente da visão.

Tanto a DMRI quanto o EMD podem ser prevenidos ou ter seus impactos minimizados se diagnosticados precocemente. Exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 50 anos ou em pacientes diabéticos, são fundamentais. De acordo com o CBO, menos de 30% dos brasileiros com mais de 50 anos fazem exames de vista regulares, o que agrava o risco de cegueira por essas doenças.

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