ESTIAGEM

Santana e Sta Olímpia: 'incêndio sob controle', diz Defesa Civil

Por Da Redação |
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Divulgação
O combate às chamas é feito por três equipes do Corpo de Bombeiros
O combate às chamas é feito por três equipes do Corpo de Bombeiros

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Defesa Civil, trabalha para auxiliar o Corpo de Bombeiros em incêndios que atingem áreas de mata e cana na região dos bairros rurais de Santana e Santa Olímpia na tarde desta quarta, 03/09. Não há registro de danos em construções e nem vítimas até o momento.

O combate às chamas é feito por três equipes do Corpo de Bombeiros, dois brigadistas da Usina Costa Pinto, que também cedeu um caminhão-pipa, além de mais equipes da Raízen e moradores da região. Alguns pontos estão controlados e novos surgem por conta do vento na região. A situação está sob controle, segundo a Defesa Civil.

Também foi identificado um foco de incêndio em área na região do Ibitiruna, em Piracicaba, mas já foi controlado.

ALERTA E PREVENÇÃO - A representante da Defesa Civil de Piracicaba, Graziela Steagall, destacou que o mês de setembro será, ainda, um período de atenção com a estiagem. “Os centros meteorológicos mundiais indicam que haverá uma rápida transição do fenômeno El Niño para o La Niña entre julho e setembro deste ano. O La Niña é o resfriamento das camadas mais superficiais do oceano Pacífico e esse fenômeno pode ter mais de um ano de duração e ocorrer em intervalos de tempo que variam de dois a sete anos. Então as projeções dos centros especialistas de meteorologia indicam que o mês de setembro continuará a ter clima seco, diferente de outros anos, quando as chuvas geralmente ocorrem no início da Primavera”, explicou.

Dados captados pela Defesa Civil na cidade indicaram que o volume de chuvas neste ano foi abaixo do esperado. Neste ano, segundo Graziela, o regime de chuvas foi drasticamente menor quando comparado ao ano de 2023. Para se ter noção, nos três primeiros meses de 2023 registramos 880,4 mm³ de chuva, e para os mesmos meses de 2024, foram de apenas 329,5 mm³.

“Diante disso, o nível de água disponível nos rios e mananciais está muito baixo, e não há perspectivas de chuvas até pelo menos o início de outubro pelo que acompanhamos pelos centros de estudo. Por isso, o risco de incêndio é elevado devido à influência da estiagem, porque a vegetação está sofrendo de estresse hídrico. Dessa forma, se não houver uso consciente da água e também se continuarem a atear fogo em mato seco, haverá o agravamento de uma situação já crítica”, completou.

HORTO E IBICATU FECHADOS - A Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) divulgou no domingo, 1º/09, uma decisão imediata de fechar todas as 80 unidades de conservação ambiental localizadas no Estado, incluindo o Horto de Tupi; portanto, o espaço está fechado para visitação. A medida visa a proteção dos espaços contra ocorrências de incêndio durante o período de estiagem, que torna propícios o início e propagação do fogo.

A princípio, a vedação deve ocorrer até o dia 15/09, mas o prazo pode ser prorrogado conforme as condições climáticas e os riscos associados. O objetivo, segundo a FF, é minimizar os riscos de incêndios florestais nas Unidades de Conservação (UCs) dos polos integrantes da SP sem Fogo, por meio de ações integradas de prevenção, monitoramento e combate.

A nota emitida pelo órgão diz ainda que, durante este período, as equipes da FF ficarão focadas em ações de prevenção, no monitoramento territorial e no combate aos incêndios, além de prestar apoio às comunidades vizinhas.

Outra unidade fechada é a Estação Ecológica Ibicatu, que não recebe visitação pública, apenas é utilizada para pesquisa. No mês passado, uma área particular próxima da estação foi atingida por focos de incêndio e a Defesa Civil de Piracicaba integrou força-tarefa, criada para combater o incêndio; a operação foi comandada pelo Corpo de Bombeiros, com auxílio da Semil.

Para ajudar na logística da operação, a Prefeitura cedeu a infraestrutura do Aeroporto Municipal Pedro Morganti, de onde partiram as aeronaves abastecidas com material para combate ao incêndio, e um caminhão-pipa, por meio da Secretaria de Agricultura (Sema).

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