BEM-ESTAR

Novas tecnologias são capazes de tratar feridas persistentes

Por Isabela Holl | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Karina Trovarelli é especialista em tratamentos de feridas; seu consultório fica na rua Alberto Segalla, 1-75
Karina Trovarelli é especialista em tratamentos de feridas; seu consultório fica na rua Alberto Segalla, 1-75

Novas tecnologias podem aliviar o sofrimento de pessoas que sofrem com feridas de difícil cicatrização. Essas podem ser úlceras, escaras - também chamadas de lesões por pressão - queimaduras ou qualquer outro tipo de ferimento que não cicatriza. A enfermeira bauruense Karina Trovarelli explica que tratamentos especializados, com uso de novas tecnologias, podem solucionar casos crônicos.

A enfermeira explica que feridas que não cicatrizam são um problema de saúde que ocorre com certa frequência e requer atenção, pois casos não tratados podem chegar a amputação de um membro. Alguns pacientes, que desconhecem os tratamentos modernos e especializados, podem sofrer com a condição por anos.

Existem mais de 150 mil casos de lesão por pressão no Brasil, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein. As feridas que não cicatrizam também acabam sendo uma porta de entrada para outros tipos de infecção.

Karina afirma que uma ferida causa um impacto negativo na qualidade de vida do paciente. "A pessoa com ferimento recorrente sente dor constante, tem risco de infecção ou amputação. O mau cheiro também pode gerar isolamento social e depressão". Por isso, o tratamento especializado pode aumentar a saúde mental e o bem-estar.

A enfermeira afirma já atendeu pacientes em sua clínica que relataram que já tentaram tratamentos sem eficácia. Em muitos casos, as pessoas que tiveram essa experiência se conformam com a ferida e desistem do tratamento. Ela também afirma que existem tratamentos e novas tecnologias, como laserterapia, ozonioterapia e tratamentos com fatores de crescimento, podem fazer a diferença na vida destes pacientes.

Ela afirma que com as tecnologias e algumas alterações nos tratamentos convencionais podem gerar mudanças. Assim, gerando alívio no sofrimento dos pacientes e familiares. A enfermeira aborda esses e outros temas em seu livro "Coberturas para Tratamento de Feridas", disponível na Amazon.

Os tipos

Feridas superficiais

A lesão acontece nas camadas mais superficiais da pele: a derme e a epiderme.

Feridas profundas

Nas feridas profundas, níveis mais profundos da pele são atingidos, como derme profunda, tecido adiposo, tendões, músculos e ossos.

Feridas simples

Assim como as feridas agudas, as feridas simples cicatrizam rapidamente e sem complicações.

Feridas complexas

O processo de cicatrização é lento e propenso à cronicidade. Pode apresentar um quadro infeccioso, conter tecidos desvitalizados, exsudação abundante e forte odor.

Principais dúvidas

O que pode ser ferida que não cura?

Uma das principais causas da ferida na pele que não cicatriza são os problemas de circulação no sangue. Por exemplo, a má circulação pode afetar as artérias, reduzindo a irrigação sanguínea nas pernas e contribuindo para a dificuldade de caminhar e feridas que levam muito tempo para cicatrizar.

Quais as doenças em que aparecem feridas na pele?

Outras doenças que causam o surgimento de feridas na pele são alergias, psoríase, dermatite atópica, esporotricose humana (causada por fungos), urticária e impetigo.

Qual o nome da bactéria que provoca feridas na pele?

Existem duas principais bactérias que são conhecidas por causar a infecção de pele - a Staphylococcus e a Streptococcus. Estas bactérias fazem parte da flora normal da pele, mas causam infecção quando "entram" no organismo através de punções, arranhões ou queimaduras.

Quais os tipos de feridas mais difícil de tratamento?

A dificuldade de cicatrização não é exclusiva das feridas crônicas; pode ocorrer também em feridas agudas. É o caso das incisões cirúrgicas infectadas que não fecham e das áreas de trauma com laceração extensa da pele e dos tecidos adjacentes.

Quando uma ferida é preocupante?

Uma ferida preocupante é aquela que não tenha cicatrizado depois de 7 a 10 dias desde o surgimento. E também acende o alerta qualquer ferida que cicatrizou e depois voltou a abrir.

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