2024 é o ano em que a cidade de Franca vai completar 200 anos e que também já ficou marcado pelo acesso da Francana para Série A3 do Campeonato Paulista de 2025, com o seu vice-campeonato na A4. Sendo assim, não custa relembrar o passado vencedor esmeraldino. Confira a história de Luisinho e Tonho, a dupla de ouro da Alta Mogiana.
A trajetória de Tonho Rosa
Filho de Ana Figueiredo Rosa e Fernando Couto Rosa, Antônio Justino de Figueiredo Rosa, o Tonho Rosa, nasceu em 21 de maio de 1925 em Restinga, foi jogador de futebol nas décadas de 1940 e 1950 e, segundo relatos da imprensa local e estadual, era arrojado e um dos melhores centroavantes do interior do Estado.
Tonho frequentou o Colégio Champagnat, abandonou o curso superior de agronomia na Esalq (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz”), da USP (Universidade de São Paulo), em Piracicaba (SP), e voltou à Franca, opção que culminou com a sua profissionalização na Francana. Fez jogos marcantes contra Corinthians, Palmeiras e São Paulo, ao lado do seu irmão, Luisinho, Eca, Tutti, Canhotinho, Antero e Tidão, no Estádio Bela Vista, o atual Nhô Chico.
Depois de ter sido campeão da Mogiana com a Francana em 1948, tornou-se campeão paulista do interior, em 1945, e vice-campeão paulista do interior, em 1949, pelo Batatais Futebol Clube. O seu faro de gol, drible rápido e exímio cabeceio atraíram a atenção do Flamengo, que o contratou em 1949.
Tonho Rosa atuou somente em um jogo amistoso pelo Rubro-Negro em 20 de fevereiro de 1949, contra o Olaria, na Gávea, cujo duelo terminou em 4 a 1 a favor do Mengão. O seu casamento marcado com Maria Zilah Ferreira Rosa pesou para o seu regresso a Franca e nas suas atividades como agropecuarista. Outro clube da sua carreira foi o XV de Piracicaba.
Tonho ainda ficou vinculado aos gramados pelas ligas amadoras de futebol com as equipes do Yara Clube, do Clube de Campo e Azulão, conhecidos times dos Rosas da Fazenda São Geraldo.
Esse ídolo francano foi vítima de pneumonia e problemas respiratórios e, depois de 15 dias internado no Hospital São Joaquim, morreu em Franca em 23 de novembro de 2000. O seu matrimônio com Maria Zilah permitiu o nascimento dos filhos Antônio Mauro, Ana Carmen, Ricardo Faria, Maria Sílvia, Manoel Fernando, Márcia e Marcelo.
A história de Luisinho
Luís Clóvis Rosa, o Luisinho, nasceu em 1° de abril de 1922, em Restinga, e junto com o seu irmão formou a “Dupla de Ouro da Alta Mogiana” na equipe da Francana. Era o típico meia-esquerda com ótimo controle de bola, excelente técnica e que facilitava o ataque, de acordo com os registros de jornais francanos.
Essa parceria com Tonho também rompeu o laço familiar. Luisinho estudou no Champagnat, não concluiu o curso de Agronomia na Esalq e retornou a Franca para ser a referência do meio de campo da Feiticeira.
Além do “Trio de Ferro” paulista, Botafogo-SP e Comercial foram as suas vítimas em duelos amistosos. Ainda defendeu por passagem “relâmpago” o Flamengo e o São Paulo. Assim como o seu irmão, “faturou” os títulos da Mogiana pela Francana e o Paulista do Interior, com a equipe do Batatais.
Luisinho encerrou a carreira de jogador de futebol na década de 1950, depois manteve-se em Franca como agricultor e ainda foi visto em diversos campeonatos amadores de Franca e do Nordeste paulista.
Luisinho foi casado com Maria Lúcia de Andrade Rosa, cujo consórcio permitiu o nascimento da única filha, Renata Maria Rosa, e morreu de insuficiência respiratória em 9 de janeiro de 1994.
Comentários
1 Comentários
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Maria fabiane da Silva 01/07/2024Muito bom ver que franca tem história no esporte e que teve pessoas tão importantes seria bom ter em franca um museu com estas relíquia s pra nunca ser esquecidos