Ao longo dos seus 200 anos, a cidade de Franca atraiu atenção pelos seus diversos espaços públicos, que costumam homenagear várias personalidades por conta dos seus serviços prestados à comunidade. Aí é que desperta a dúvida principalmente para os nostálgicos de “carteirinha”, que frequentam a praça da Estação: quem foi Sabino Loureiro?
Conheça a trajetória do Sabino Loureiro
Nascido em 11 de julho de 1870 na cidade de Itaqui (RS), filho da senhora italiana Maria C. Croizy Loureiro e do senhor português Marciano Loureiro, Sabino cursou Direito pela FDUSP (Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) até o segundo ano e ainda assim exerceu o cargo de promotor público interino no município de Jundiaí (SP).
O advogado, político e jornalista Dr. Júlio César Cardoso, o poeta paulista Júlio César da Silva, o advogado campineiro Dr. Lucio Peixoto e o Dr. Abilio Álvaro Müller são os principais contemporâneos desse professor gaúcho.
Loureiro aceitou o convite do educador Alberto Brandão para lecionar aulas no Collegio Brandão em março de 1897, tempo em que marco o início de sua trajetória em solo francano com a proposta de combate ao analfabetismo, o que definia como a primeira necessidade do país.
Assim, trabalhou nos colégios “Cesar Ribeiro”, “Cândido Alves”, “Dr. Chiquinho” e mantinha uma escola noturna gratuita para 64 alunos, que eram adultos e crianças pobres ou ricas. Essa escola livre funcionou no bairro da Estação e posteriormente atraiu outros discentes tamanho respeito conquistado pela comunidade, segundo relatos dos jornais da época.
Sabino era dotado de puro patriotismo, abnegação, tornou-se membro ativo da Maçonaria, jornalista, e, inclusive, com passagem pelo jornal Comércio da Franca. O único periódico francano que não colaborou foi o Aviso.
Ainda ganhou notoriedade na época em que Franca era reconhecida como a “Atenas da Mogiana” com as suas aparições de publicista e orador. Era comum a presença de Sabino em qualquer festa pública.
Homem culto e simples, Sabino Loureiro morreu em 5 de agosto de 1927 em Campinas (SP) devido a um tumor no estômago. O seu corpo foi transportado pela Loja Maçônica “Amor à Virtude”, velado no Salão Nobre da Câmara Municipal e enterrado em Franca em 7 de agosto. Cinco mil pessoas acompanharam o seu velório e os comerciantes fecharam as portas nesse dia em sinal de luto.