
Em aceno aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado federal Eduardo Cury, que se filiou ao PL na última quinta-feira (4), disse que defende valores como a fé religiosa, a família e a liberdade.
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“Eu defendo isso há 10 anos e não mudei, continuo defendendo esses mesmos valores”, afirmou Cury em vídeo divulgado neste domingo (7).
A declaração veio após o ex-deputado trocar 35 anos de PSDB pelo PL, mudança sacramentada a tempo de disputar a Prefeitura de São José dos Campos pela nova legenda.
Além de ter o maior fundo partidário do país (R$ 863 milhões), o PL é o partido de Bolsonaro, que recebeu 62,58% dos votos joseenses no 2º turno de 2022 e fez críticas a Gilberto Kassab, cacique maior do PSD de Anderson Farias e Felicio Ramuth, respectivamente prefeito de São José e vice-governador de São Paulo.
VALORES.
No final do vídeo, Cury apresentou os cinco valores que considera fundamentais e que, segundo ele, o fizeram ser deputado federal há 10 anos.
O primeiro é o que chamou de “defesa intransigente de quem trabalha e empreende no Brasil” contra “as garras do governo que quer taxar, burocratizar e tirar o couro de quem quer somente ganhar o seu sustento”.
O segundo é a defesa de quem quer proferir a sua fé, tema caro aos bolsonaristas. “Então, eu sempre falei: um grande respeito a todos que têm o direito de professar sua fé religiosa sem a interferência do Estado”.
Nos demais pontos, Cury citou a educação, a defesa da família e da liberdade, esses dois últimos também parte da pauta permanente dos bolsonaristas. E concluiu: “Eu defendo isso há 10 anos e não mudei, continuo defendendo esses mesmos valores”.
Também no vídeo, Cury explicou que antecipou a troca de partido para poder disputar o Paço Municipal pela nova legenda e “não enganar o eleitor”, trocando de partido “no dia seguinte”. Porém, ele ainda não confirmou se será candidato a prefeito.
“Começamos essas conversas. E eu falei: ‘Puxa, eu vou ter que antecipar essa decisão partidária’. Porque algumas pessoas disseram para sair candidato [a prefeito] pelo PSDB e depois mudar de partido. Mas não sou assim”, disse Cury.
Ele afirmou que disputar o Paço Municipal vai depender de “decisão familiar, decisão de consulta à população”, mas que a mudança partidária foi necessária no caso de ele aceitar ser candidato, que é o cenário mais provável em São José.
“Conversando com essas lideranças, meus amigos aqui, o Emanuel, o Izaias [Santana] de Jacareí e as lideranças em Brasília, eu falei: ‘Pessoal, então é o seguinte: se vocês querem que eu deixe o meu nome à disposição, porque é uma coisa que ainda vai depender de uma decisão familiar, uma decisão de consulta à população, então eu vou trocar de partido agora’. Porque caso eu seja candidato, o eleitor fica à vontade e não vai se sentir traído se eu ganhar a eleição e mudar de partido no dia seguinte”, explicou o ex-deputado.