Apesar das dificuldades, são felizes e, acima de tudo, amam o esporte. São tratados como “professores” - mesmo boa parte não tendo curso de educação física ou qualquer outra área do magistério – porque ensinam seus pupilos. E são importantíssimos nesta “roda gigante” do futebol.

DIA DELES

Pouca gente sabe também que neste domingo (14) comemorou-se, no Brasil, o Dia do Treinador de Futebol. Mas é compreensível, pois a data específica para celebrar o Dia do Treinador de Futebol pode variar de acordo com o país ou a organização que promove a homenagem.

Em alguns lugares, essa celebração pode ocorrer em dias diferentes. No entanto, uma data internacionalmente reconhecida para homenagear os treinadores de futebol é o Dia Internacional do Treinador de Futebol, que é celebrado em 15 de novembro, diferentemente do Brasil.

Entre as funções do “professor”, estão: montar o grupo de trabalho; traçar o esquema tático conforme o desenho das posições dos jogadores em campo; estudar o adversário para montar a estratégia de trabalho; e posicionar-se, com liderança, para garantir a disciplina interna na equipe, entre outras atribuições.

CIDADÃOS

“Nós, treinadores de futebol, o esporte mais popular do nosso país, sem sombra de dúvidas, temos sempre que entender que somos referência, principalmente para os jovens que começam a trilhar suas carreiras nesse meio”, teoriza o técnico Paulo Roberto Santos, que atualmente dirige o XV de Novembro.

Para o comandante do Alvinegro, o profissional que fica à beira do gramado, além das atribuições inerentes à profissão, ainda faz um trabalho social importante: “Direta ou indiretamente, somos responsáveis também na formação dos atletas como cidadãos, e não somente dentro de campo”, declara.

INÍCIO

O técnico Leandro Silva, que comandou em 2023 a equipe feminina do XV na campanha do vice-campeonato do Paulista da Divisão Especial, começou a carreira de forma voluntária no bairro do Jardim Tóquio, onde foi criado, em 2011.

Ex-atleta e amante do futebol “desde que me conheço por gente”, como ele mesmo definiu, sua carreira deu certo e ele pretende seguir evoluindo a cada dia, seja no comando do time feminino e nas categorias de base do XV de Piracicaba ou nos projetos sociais que lidera com meninas adolescentes.

Após o início sem remuneração, ele começou a carreira efetivamente em 2014, com o time feminino do Nhô Quim, onde ficou até 2017. No ano seguinte, Silva se aventurou por Manaus-PA e Pernambuco. Em 2019, começou o projeto do Caldeirão, ao disputar o Campeonato Paulista feminino.

Com o bom trabalho desenvolvido, no final do ano de 2019, ele recebeu o convite para dirigir o sub-17 do XV de Piracicaba, onde permanece até os dias atuais.

“Sou muito feliz na profissão. Eu vejo que como muito importante, como também foi em minha vida”, declarou.

“Porque os treinadores de futebol não têm somente a missão de ensinar o jogador a parte técnica, a parte tática, os posicionamentos... Muitas vezes, ele tem de ser psicólogo, pai, mãe, enfim... É uma profissão muito importante”, finalizou.