Domingo é celebrado o dia de uma das grandes manifestações culturais brasileiras – o Dia do Cordelista. Para popularizar o cordel, a cidade de Piracicaba recebe o cordelista Edmilson Santini, pelo projeto cultural Terras de Engenho, que tem se destacado por promover a cultura popular nordestina em várias cidades do país.
Neste sábado, 18 de novembro, a Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto terá uma agenda especial com palestras e apresentações sobre a cultura do cordel. O público conhecerá o pernambucano de Belas Águas, Edmilson Santini, aprenderá sobre a história do cordel, as características dessa cultura e as técnicas de produção. O Dia do Cordelista, 19 de novembro, é uma homenagem ao aniversário do paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado o pai do cordel.
"O Brasil possui inúmeros talentos que se dedicam ao cordel como profissão, mas, antes disso, como filosofia de vida, e é um pouco desse rico universo que o projeto Terras de Engenho quer popularizar. O cordel é uma manifestação artística, mas é uma identidade de um povo e, por isso mesmo, traz sabedoria, história e a riqueza de uma face do pensamento brasileiro", diz Eliana Manzan, proponente do projeto Terras de Engenho, viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura via Ministério da Cultura – Governo Federal: União e Reconstrução. Ao todo o projeto realizou 11 palestras, além de distribuir 1.600 exemplares de folhetos de cordel e 100 áudio livros no formato de CD.
A produtora Eliana é folclorista e educadora, pesquisadora da cultura popular nordestina, dos festejos populares e do folclore brasileiro. Autora de livros destinados ao público infanto-juvenil, é também professora, pedagoga e acima de tudo, apaixonada pelas várias manifestações culturais nordestinas.
Neto de Antonio Santini, um contador de histórias que ganhou fama no interior pernambucano, Edmilson Santini mudou-se ainda nos anos 70, para o Sudeste, trazendo consigo o dom para os versos, as rimas e o cordel. Chegou ator, em São José dos Campos e, em 1980 foi premiado no festival de teatro de Guaratinguetá, interior paulista. Mas foi no Rio de Janeiro, para onde se mudou no fim dos anos 1980, que abraçou de vez o cordel. Também foi no Rio que passou a se dedicar ao Teatro em Cordel.
Clique para receber as principais notícias da cidade pelo WhatsApp.