Não se deixe enganar. A hora é esta!

Por David Chagas | 16/11/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Há os que cantam vitória antes. Agem assim porque, meninos, mal orientados que foram, não aprenderam a comportar-se. Hoje, mesmo com idade avançada, imaturos, esperneiam como criança impetuosa, incapazes de reconhecer seus próprios erros, porque, heterônomos, desconhecem normas estabelecidas.
Há os que se portam com elegância, com firmeza, com segura educação. Revelam, ao longo da história, quanto reconhecem a família como verdade e, avançado em anos, não perderam uma só palavra da sábia lição recebida para uma boa conduta.

Há os que são alegres, risonhos e seguros de si. Braços cruzados, cabeça erguida, sorriso constante nos lábios e segurança total no que dizem. Dou um exemplo: Kamala Harris! Sábia, não se esperdiça uma só frase do que proclama.
Rodeados de perigos como andamos, é desta lucidez que precisamos. O mal, o perigo nos ronda por todos os lados e de diferentes maneiras, Se o líder, no poder, reconhece em si mesmo a verdadeira forma de agir do ser humano, tudo caminha, senão bem, com certa ordem. Caso contrário, pouco a pouco, vamos mergulhando no horror da ignorância e no medo.

Victor Hugo, em seu Discurso na Assembleia Constituinte, em novembro de 1848, alertou para isso: “Qual é o perigo da situação atual? A ignorância. A ignorância, muito mais que a miséria. É num momento semelhante, diante de um perigo como esse, que se pensa em atacar, em mutilar, em sucatear todas essas instituições que têm como objetivo específico perseguir, combater e destruir a ignorância!”.

A impressão que tenho é de que vamos em sentido contrário. Temos, pela ação de muitos, abraçado ainda mais a ignorância e nos desviado do caminho do bem. Triste é notar que há quem aplauda tudo isso, quem admire e louve o comportamento nefasto do engodo, do erro, da mentira.

Tratei disso no meu artigo da semana passada. Recebi de centenas de pessoas comentários muito positivos. Resolvi, então, em honra da data da Proclamação da República, prosseguir, já que, hoje, cada brasileiro deixa seu voto em favor do candidato que comandará a política local por quatro anos. Exercício importantíssimo, porque é na cidade que se enraíza a democracia e se opera a mudança. É preciso estar atento, seguro de si, demonstrando firmeza na escolha. Errar pode ampliar ainda mais os erros que vêm sendo cometidos.

Se lhe falta luz, clame por ela, neste dia de graça e de esperança. Há quem se disponibilize a iluminar em favor do mundo que criou que um bom gesto seu pode ajudar a transformar-se. Bendito o que passou ao longe do discurso fácil, da conversa fiada, da palavra mal usada, apesar de bem dita.

Pense. Pensar é a capacidade inata que o criador ofereceu ao homem, de modo que seu mau uso pode aborrecer o coração de Deus. Sejamos sapientes. Só assim é possível bem fazer em benefício de muitos, em especial dos que realmente esperam por efetiva mudança, em tempo de pandemia, de acentuada desigualdade provocada por crise econômica, de miséria, de fome, de horror.

Se algo deve nos aproximar de Deus é o desejo incontido de saber. Sei pouco, bem sei. Precisava tempo maior para ler e estudar e algum privilégio econômico para ocupar-me disto. Ou terá sido assim para que reconhecesse a cada dia a finitude da vida, na época que me foi dada para viver?

No momento do voto, de forma livre e autônoma, desvincule-se da vontade humana, de impulsos passionais, de inclinações afetivas ou quaisquer outras denominações que não pertençam ao âmbito da consciência moral. Amanhã, ao romper da aurora, se agiu com consciência, deixe o Sol entrar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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