Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos!

Por Luiz Xavier | 09/01/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Este conto é antigo e muito interessante. Desconheço o autor. Tenho utilizado em psicoterapia de grupos, em dinâmicas de grupo em empresas e escolas. É um conto que aproveito para trabalhar a motivação, colaboração e participação em equipe. Nestas dinâmicas também procuro valorizar a importância do isolamento e da introspecção como instrumento de autoabastecimento intelectual, emocional e até espiritual. Não há que não se sinta tocado, de uma forma ou de outra, quando ouve esta história. Vejam como é bonito:

“Um homem comparecia assiduamente às reuniões de um grupo de amigos e, sem comunicar a ninguém, deixou de participar de suas atividades.

Depois de algumas semanas, um amigo, integrante desse grupo, decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O Amigo o encontrou na sua casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde o fogo estava brilhante e acolhedor.

Adivinhando o motivo da visita do seu amigo lhe deu as boas vindas e, aproximando-se da lareira lhe ofereceu uma cadeira grande em frente à chaminé e ficou quieto, esperando.

Nos minutos seguintes, houve um grande silêncio, pois os dois homens somente admiravam a dança das chamas em volta dos troncos de lenha que queimavam.

Depois de alguns minutos, o amigo visitante examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para fora do fogo.

Sentando-se novamente, permaneceu silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e também quieto.

Dentro de pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que após um brilho discreto e momentâneo, seu fogo se apagou em um instante mínimo. Dentro de pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um frio, morto e o pedaço de carvão, recoberto de uma camada de cinza espessa. Nenhuma palavra tinha sido pronunciada desde a protocolar saudação inicial entre os dois amigos.

Antes de preparar-se para ir embora, o amigo visitante movimentou novamente o pedaço de carvão já apagado, frio e inútil, colocando-o novamente no meio do fogo.

Quase que imediatamente o carvão voltou a desprender-se em uma nova chama, alimentado pela luz e o calor das labaredas dos outros carvões em brasa e ao redor dele.

Quando o amigo visitante se aproximou da porta para ir-se embora, seu anfitrião lhe disse: “obrigado pela sua visita e pelo belíssimo sermão

Retornarei ao grupo de amigos que muito bem sempre me faz!”

É interessante observar que os membros de um grupo (sempre vale a pena lembrar), fazem parte da “Chama” do grupo e que separados do mesmo perdem todo seu brilho.

Todos são responsáveis de manter acesas as chamas do “Encontro” entre cada um dos seus membros e de promover a união entre todos eles, para que o fogo seja sempre realmente forte e duradouro.

Uma família se mantém com a chama acesa quando os membros não esquecem que todos são importantes no barco da vida.

Cada madeira que constitui o feixe não é igual e nem queima da mesma forma, porém o conjunto emite luz intensa e aquece muito mais a todos e o ambiente que vivem.

Nenhum de nós é melhor que todos nós juntos!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.