A condição de saúde do cãozinho Fox segue incerta e cheia de percalços, com alguns breves momentos de melhora e muita luta do animal para sobreviver após o brutal ataque que sofreu em São José dos Campos, revelado por OVALE.
Apelidado de ‘guerreiro’, o cãozinho Fox está internado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital veterinário em Moema, na zona sul de São Paulo, desde a noite de quinta-feira (19).
Ele segue lutando para sobreviver ao brutal ataque que sofreu de um cachorro bull terrier, em São José dos Campos. O estado de saúde do cãozinho é considerado muito grave.
“A gente não vai desistir do Fox e vamos continuar na luta por ele. A gente não vai abandoná-lo”, disse a enfermeira Sofia Albuquerque, 24 anos, uma das tutoras de Fox.
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ATAQUE
Instigado pelo tutor, o bull terrier mordeu e arrancou o focinho de Fox, que já passou por três cirurgias para sobreviver. Uma delas foi para fazer uma traqueostomia, que é um buraco que se faz no pescoço do animal para que ele consiga respirar.
“Como ele perdeu o focinho, o Fox não está conseguindo respirar suficientemente pelas narinas, porque o arzinho que está entrando por lá não é suficiente para suprir o organismo dele, então ele precisou fazer um traqueostomia”, disse a enfermeira Sofia Albuquerque, 24 anos, uma das tutoras de Fox.
“Só por estar tudo muito machucado, ele não consegue também ter essa respiração muito adequada pela narina. Por isso que não é suficiente. Além disso, mesmo tendo feito essas três cirurgias, ele ainda está com um pedaço do céu da boca aberto. Então como está aberto aqui em cima, ele não pode nem comer e nem beber porque senão tem risco de ele aspirar essa comida e essa bebida”, completou.
SEM PREVISÃO
Sofia disse que não há nenhuma previsão de alta para Fox nesse momento e nem sobre a evolução dele ao tratamento.
“Ele está com muitos problemas. Ele só está vivo hoje porque ele está internado. Se ele estivesse em casa, ele não iria aguentar. A atual situação dele dependente de uma unidade de saúde. E aqui nesse hospital tem UTI para animal”, afirmou.
A tutora disse que o tratamento mais urgente é estabilizar o organismo de Fox, que segue descompensado em razão da violência do ataque que sofreu. A condição dele vem sensibilizando o país.
“Nesse primeiro momento, os veterinários precisam estabilizar o Fox a nível bioquímico, porque quando a gente olha para ele de fora, ele parece estar bem, só que por dentro, o sangue dele não está com os níveis adequados, com as substâncias que precisam estar. O lactato está alto e a oxigenação está baixa. Isso pode fazer com que ele tenha uma nova parada cardíaca”, explicou Sofia.
“Devido a esses fatores, a única preocupação é estabilizar os níveis para que depois ele consiga passar por uma próxima cirurgia, que vai no mínimo tampar esse buraco que está no céu da boca dele, para que ele consiga tentar tomar água e consiga tentar comer de forma independente.”
A enfermeira disse que não há previsão para quando o cãozinho poderá passar pela quarta cirurgia. Mesmo assim, a família já está conversando com um veterinário que quer tentar fazer a reconstrução da face no Fox, dilacerada pelo ataque do bull terrier.
“Mas isso tudo é muito para mais para frente. Está fora de cogitação ele mexer com isso nesse momento, porque ele não tem estrutura física para aguentar uma cirurgia grande agora”, disse Sofia.
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