As estações dos VLPs (Veículos Leves sobre Pneus) não terão mais portas automatizadas e catracas para controle do pagamento e da integração do transporte com a Linha Verde. O projeto original das estações foi reavaliado pela Prefeitura de São José dos Campos, que desistiu de fazer a licitação para compra dos equipamentos.
O prefeito Anderson Farias confirmou a OVALE que pediu a suspensão do processo de compra das portas e catracas e alegou que a medida visa estimular um novo conceito de uso do transporte público. A Linha Verde começou a operar em julho do ano passado com as estações abertas.
“No projeto original tinha portas automatizadas dentro das estações com catracas para que as pessoas pudessem fazer o pré-pagamento. O que mudou foi isso, apenas suspendi a questão das portas e das catracas. O sistema Linha Verde está operando hoje e o cidadão sabe das suas obrigações”, afirmou.
Anderson explicou que desde dezembro do ano passado tem um agente dentro de cada VLP para orientar os passageiros sobre o uso do validador, no qual deve ser batido o cartão para efetivar o pagamento pela viagem. O profissional deve ficar nos veículos até o fim de maio.
“Esse é um modelo que a gente vê mundo afora. Quando o usuário entrar no sistema da Linha Verde, ele deve saber que lá não vai ter um cobrador, uma catraca nem porta automática, é tudo livre, aberto, mas tem que ir lá e pagar sua passagem”, declarou.
Segundo o prefeito, não houve outra mudança na configuração da estação e a desistência da compra de catracas e portas nas estações da Linha Verde resultou em uma economia de R$ 10 milhões, aproximadamente.
“Essa foi minha decisão para que a gente possa ter um sistema onde o usuário sabe das suas responsabilidades", disse. "Mais do que o recurso financeiro, é trabalharmos a questão conceitual do cidadão saber o papel dele”, completou.
Leia mais:
Linha Verde: Prefeitura de São José cogita desistir de portas automatizadas nas estações
Fracassa licitação para adquirir portas automatizadas para estações da Linha Verde
Portas automatizadas para estações da Linha Verde poderão custar até R$ 2,6 milhões