Karla Clarinda

A Carreira é Sua! Corporativês: esse idioma incompreensível e dispensável

Por Karla Clarinda, Empreendedora Social e estrategista em recolocação profissional |
| Tempo de leitura: 2 min

Que o chamado “mundo corporativo” tem lá suas peculiaridades e seus jargões, é compreensível e natural, assim como acontece em diversas categorias, áreas e nichos profissionais. Mas, particularmente, acredito que a utilização de termos - na maioria estrangeiros - complexos nos escritórios e empresas pode estar acontecendo de modo indiscriminado e sem critério. 

E este, digamos, fenômeno tem até nome; é o corporativês. Se você circula ou já circulou por ambientes corporativos, tenho certeza de que você já ouviu muitos desses termos que, a princípio, são incompreensíveis e não agregam nada.  

Vamos com um exemplo: “O background do novo CEO da empresa irá alavancar o team building, agregando valor para os colaboradores performarem”. Traduzindo: “A experiência do novo alto executivo da empresa irá aumentar o espírito de equipe, melhorando o desempenho dos empregados”. 

Não que eu condene totalmente o uso de termos específicos nos ambientes corporativos. O que me incomoda, como já disse no início deste artigo, é a utilização indiscriminada de palavras que não agregam valor (olha eu também usando o corporativês) e que podem, no fim, atrapalhar a comunicação. 

Podem atrapalhar porque, fatalmente, os jargões que, no início, estão restritos a um pequeno número de pessoas, logo se espalham por todos os setores de uma empresa – e da outra, da outra, da outra... – formando uma multidão de repetidores de palavras das quais nem conhecem o significado. 

Ainda há os profissionais, acredito que em sua maioria os líderes, que utilizam o corporativês de modo pensado e indiscriminado, apenas pra tentar mostrar que sabe mais, que é uma pessoa mais culta e descolada. Muitas vezes, isso não passa de insegurança. 

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