É a palavra-chave de 2022.

É a chave da palavra liberdade.

É a chave que, dou a minha palavra, mantém aberta a porta de um presente que, de olho em um futuro mais justo e igual, não repete o passado sombrio. Afinal, a democracia é farol. É luz.

A jovem democracia brasileira, tão castigada ao longo da história, tem um encontro importante com as urnas eletrônicas -- aquelas confiáveis, senhor presidente -- em outubro. Há muito em jogo.

Diante do cenário tempestuoso, o eleitor brasileiro, à deriva, luta bravamente contra esse tsunami de lama, fake news e desinformação, nessa busca desesperada por um porto seguro.

O risco é real.

A democracia morre na escuridão, crava o jornal norte-americano The Washington Post.

É inegável que o país vive um período de profundo obscurantismo, em que somos atingidos por ondas e ondas de negacionismo e ignorância, pavimentadas pela indústria das fake news - fake news já classificadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) como sendo uma ameaça à democracia no planeta.

Há uma guerra em curso agora, na palma da sua mão.

Nos séculos 16 e 17, nos mares do Norte da Europa, criminosos inescrupulosos chamados 'afundadores' levavam terror a navios e marinheiros. Eram piratas que construiam falsos faróis e guiavam, de forma traiçoeira, embarcações na direção dos rochedos, afim de saqueá-los.

O negacionismo constitucional e o terraplanismo institucional, a praga das fake news e os duros ataques aos pilares da República são afundadores. De uma forma coordenada, buscam saquear a democracia, apunhalando-a sem pudor, mergulhando o nosso país em uma crise ainda mais profunda. Em uma noite mais escura.

Cabe à imprensa profissional o papel de farol. Com o exercício diário de um jornalismo livre, independente, ético, crítico e plural, OVALE dedica-se à missão de manter-se como um feixe contínuo de luz, límpida, capaz de guiar a nossa sociedade até o porto seguro de informações.

Democracia.

Esta é a palavra-chave.

É a chave da palavra liberdade.

Uma luz que não produz sombra. E não se apaga jamais.