Na semana passada conversamos sobre o estilo não ter idade e como esperado, as mensagens escalaram o assunto para a beleza, o quanto o padrão mudou e a aceitação (ou não) do envelhecimento. Aliás, esse temível e inevitável envelhecimento se juntarmos a uma pesquisa que mostrou que apenas 4% das mulheres se consideram bonitas, pode gerar um resultado perigoso.
A beleza não tem idade, mas é fato que o envelhecimento também não. Atualmente, com o avanço da medicina estética, existem muitos métodos e tratamentos de prevenção que acabam protelando os sinais da idade, mas também abrem o desejo e a busca pela juventude que muitas vezes chega a ser irreal.
Fui conversar com a Natália Pasin, médica dermatologista, sobre beleza e cuidados com a estética. A Natalia me trouxe uma visão muito realista de que a beleza não tem idade, assim como o momento certo para iniciar nossos cuidados também não.
Me senti representada quando a doutora constatou que a maior queixa das mulheres em relação ao processo de envelhecimento está na flacidez da pele. “O sinal mais precoce e de maior queixa no consultório são as rugas e a flacidez ao redor dos olhos, principalmente nas pálpebras inferiores. As mulheres começam a notá-los quando a maquiagem começa a craquelar. Com o avanço da flacidez, o rosto começa a “derreter” e a queixa passa a ser focada na região central da face, no bigodinho chinês mais marcado, na perda de volume na região e na queda do cantinho da boca, a famosa “boca triste”.
Segundo a doutora as queixas têm fundamento, porque entre os fatores que levam ao envelhecimento, temos a perda do nosso milagroso colágeno que é a proteína que dá a sustentação à nossa pele e que por volta dos 25 / 30 anos o nosso organismo deixa de produzir. Porém, já nesta fase podemos começar a pensar em ácidos noturnos e alguns procedimentos preventivos no consultório.
Por falar em procedimentos, segundo Natalia, o botox é o campeão entre as buscas, principalmente devido ao seu resultado rápido, tanto na aplicação quanto na entrega surpreendente que ele realiza. “Nenhum outro procedimento substitui o efeito e o resultado do botox”
Em segundo lugar, está o preenchimento labial, que se bem realizado, embeleza e rejuvenesce. Mas ela faz uma ressalva “é o procedimento onde encontramos os maiores exageros. Normalmente o paciente compara o volume labial com a última vez que ele realizou o procedimento e não com os lábios antes de realizar o preenchedor pela primeira vez. Acaba sendo um vício.”
Sobre os exageros estéticos a doutora me relatou que “busca muito pela naturalidade e com isso acaba atraindo muitas pacientes que também seguem o raciocínio de envelhecer bem”. Mas, isso quer dizer não realizar procedimentos? “Em hipótese alguma! Realizamos muitos procedimentos para estarmos bem, com qualidade de pele, melhor textura, sustentação e firmeza, porém sem exageros. O belo é estarmos bem e passarmos uma aparência natural, como se não tivéssemos realizado quase nada. Esse é o segredo!”
A doutora finalizou dizendo que “há uma conscientização grande no processo natural do envelhecimento e muitas possibilidades de prevenção e tratamento dentro dos limites para cada idade. Hoje fico feliz em perceber uma minoria de pacientes que não aceitam o processo de envelhecimento”.
