Ideias

TEM CAROÇO NESSE ANGU DAS LICITAÇÕES?

Por Hélcio CostaJornalista e diretor da empresa Matéria Consultoria & Mídia | 19/08/2017 | Tempo de leitura: 2 min

Tem alguma coisa errada no jeito certo de fazer as coisas ...

Certo? Errado?

É mais uma sensação do que um diagnóstico, mas três processos licitatórios importantes abertos pelo governo Felício Ramuth (PSDB) sofreram revés ainda na largada. O primeiro revés abateu a licitação da Via Cambuí, obra orçada em R$ 140 milhões e considerada estratégica para o governo. O processo foi suspenso pelo TCE à véspera da abertura dos envelopes. O governo manteve a calma, disse que a decisão do TCE faz parte do jogo e prometeu retomar a licitação logo, logo. O segundo revés também partiu do TCE, que suspendeu a licitação dos novos radares para fiscalização do trânsito da cidade, estimada em R$ 10,7 milhões. O terceiro, recente, atingiu licitação de R$ 3,5 milhões para a compra de material escolar. Aberta pela Secretaria de Educação, a licitação morreu na praia por ordem do secretário de Gestão Administrativa e Finanças, José de Mello Corrêa. A explicação oficial: é preciso saber, antes, quantos alunos a rede terá no ano que vem. Fica a pergunta: ninguém pensou nisso antes?

Pelo sim, pelo não, três grandes licitações bateram na trave. Podem ser retomadas? Claro. Mas, é fato, pipocaram a largada.

Coincidência? Difícil ...

O governo Eduardo Cury (PSDB) viveu questão parecida, que começou pequena e virou problemão, só resolvido com intervenção direta do prefeito. O fato: escolas, creches, ruas eram abandonadas na metade por empreiteiras que alegavam incompatibilidade entre edital e obra de fato. Começou aqui e ali, mas virou "epidemia", o que obrigou Cury a tomar duas ações: uma administrativa, mudando regras internas para licitação de obras; outra política, mexendo no secretariado, para tornar a gestão mais ágil. Depois disso, a coisa mudou. É certo que, ainda assim, o governo Cury deixou um passivo de obras problemáticas, como o Teatro Invertido, a Arena de Esportes e o Camelódromo da Praça do Sapo, erguido em área particular. Mas Cury deixou o cargo com saldo positivo.

A máquina do governo é dinâmica, o que exige calibragens constantes, correções de rotas. Por isso, é preciso estar sempre atento. Fica o alerta ....

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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