Escola do Futuro

A próxima década: 85% das profissões que existirão em 2030 não foram inventadas

O mundo que conhecemos está prestes a se reestruturar e tecnologia, adaptação e educação precisarão andar juntas

Por Tamires Vichi | 09/12/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Profissões do futuro
Profissões do futuro

Em 2030, cerca de 85% das profissões que existirão ainda nem foram inventadas. Essas informações são de uma pesquisa feita pelo Institute for the Future (IFTF), organização localizada na Califórnia, EUA, que reúne líderes do mundo para pensar o futuro, inclusive, o futuro da educação.

Isso significa que, em menos de 10 anos, quase todo o mercado de comércio, serviços e indústria passarão por uma série de mudanças profundas e com o avanço do mundo tecnológico, a nossa capacidade de adaptação, aprendizado e inovação precisará ser constante e acompanhar as inovações.

Futuro

E como preparar uma sociedade para o desconhecido? Como capacitar crianças e jovens para a próxima década se nem ao menos se sabe quais serão as profissões necessárias? De acordo com o especialista em tecnologia, Fabiano Porto, Cofundador Diretor Executivo Instituto Regeneração Global, é preciso tornar uma variedade de ferramentas tecnológicas cada vez mais acessíveis e mudar as estruturas e metodologias escolares:

“O primeiro passo básico seria prover a todos, equipamentos tecnológicos suficientes para exercer o mínimo das capacidades que o meio digital oferece, então, notebooks, computadores, acesso á internet são elementos essenciais, fundamentais. Então, isso deveria estar na agenda de todo político, hoje, seja do executivo ou do legislativo, essa questão de levar pra sociedade esse mínimo da infraestrutura tecnológica necessária pra atuar, trabalhar e ter os benefícios de tudo o que a internet oferece”, explicou o especialista em tecnologia.

Para o especialista também é preciso repensar o sistema educacional e estimular meios colaborativos, como Fab Labs, cooperação entre empresas e centros universitários. Os próprios alunos construirão soluções para o mundo que há de vir, mas para isso é preciso oferecer suporte.

“Existe toda uma complexidade de se preparar o jovem para as mudanças digitais e essas complexidades passam por repensar toda a educação, o sistema que a gente está dando. Dentro das soluções, eu acredito que esteja o olhar dos meios colaborativos, estimular as Fab Labs, estimulando a cooperação entre centros universitários, entre empresas de tecnologia que, ás vezes, podem atuar até para formar profissionais , então você começa a ter, realmente, uma potencialidade da escolher, oferecer uma visão real, do mundo real”, finalizou Fabiano Porto.

Desemprego

De acordo com pesquisa divulgada pelo NUBE, Núcleo Brasileiro de Estágios, apenas 14,87% dos profissionais recém-formados conseguem vagas em suas áreas de atuação, considerando estudantes que se formaram entre 2019 e 2020.

O portal do NUBE ainda divulga que, mesmo antes da pandemia, problemas de empregabilidade já eram reais e são consequências de questões econômicas, políticas e sociais. Mudanças no mercado de trabalho estão apenas começando e escolas e universidades precisam se capacitar para preparar profissionais que saibam ler o presente para se encontrarem no futuro.

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