Karla Clarinda

Oh, dúvida cruel! Curso técnico, superior ou segundo idioma?

Por Karla Clarinda, Empreendedora Social e estrategista em recolocação profissional | 29/03/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Curso técnico, superior ou segundo idioma?
Curso técnico, superior ou segundo idioma?

A adolescência, por si só, não é um período fácil. São inúmeros os caminhos possíveis e muitas escolhas a serem feitas, escolhas essas que determinam o futuro que está logo ali. A resposta para a velha pergunta, mas ainda muito dita, “o que eu vou ser quando crescer?”, depende de uma série de fatores, dentre eles o caminho a ser trilhado entre o início e fim do ensino médio. O que farei para ter sucesso na profissão que eu escolher? Foco no ensino superior? Será que um curso técnico “dá pé”? Talvez um segundo idioma vai me deixar um passo a frente.

Pois bem, se prepare e seja forte porque agora vou desmistificar algumas lendas. Está preparada? Está preparado?

Então, vamos lá. A primeira delas vem de longe, de que para se obter êxito na carreira é indispensável cursar, e concluir, um curso superior. E mais, que o curso superior somente já não serve mais para muita coisa e que o negócio é ter uma pós, um MBA, um mestrado ou algo que os valha. Sabe aquela atitude repugnante, mas infelizmente ainda replicada: “Você sabe com quem está falando? Sou doutor em “não sei o quê lá”. Não citei nenhuma profissão porque a questão não é essa. Todas as profissões têm seus encantos e cada um se encaixa na qual quiser. É a velha mentalidade de que, quando o profissional possui curso superior, a pessoa se torna superior. Nunca foi assim e, atualmente, muito menos.

Não estou demonizando o curso superior, muito pelo contrário. É um caminho muito bonito a ser seguido e que pode levar o profissional muito longe na carreira. Somente quero jogar luz sobre outras possibilidades que também podem ser exitosos e realizadores.

Outra opção cercada de glamour é a de se tornar fluente em uma segunda língua, mais propriamente, em um intercâmbio no exterior. Essa modalidade, de fato, gera muitos benefícios pessoais e profissionais aos jovens, como o aprendizado de novas culturas, ampliação dos horizontes e aumento da segurança, independência e resiliência. Isso sem falar do idioma em si. Acontece que, como tudo na vida, nem tudo são flores. Estar só, em meio a pessoas desconhecidas e em um ambiente desconhecido, não é para qualquer um. E não há garantia de, ao retornar, chegar, fazer e acontecer. Novamente, depende de cada um.

Agora, vou falar do “patinho feio” dessa lista, o curso técnico. Essa modalidade que, diferentemente das anteriores, não conta com tanto glamour, cada vez mais está sendo mais valorizada. Com a capacitação realizada paralelamente ao ensino médio, o caminho pode ser encurtado, e os resultados chegarem mais rápido. No entanto, tudo depende dos anseios do profissional, sua maneira de pensar e da profissão escolhida.

De fato, não há modalidade certa ou errada, nem a que contará com maior ou menor remuneração. Tudo depende de uma gama de fatores. O que importa - e é a mensagem que quero transmitir neste texto - é que há muitos caminhos a seguir. Encontre o seu e seja feliz.  

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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