Além de New York ser uma das principais capitais da moda, ela conta também com um dos street style mais icônicos do mundo, um verdadeiro desfile de produções autênticas, ousadas e culturalmente rica.

Como dizia o lendário fotógrafo Bill Cunningham “não existem atalhos para descobrir o que irá bombar ou não na moda, você deve ficar na rua para que ela mesma te diga o que está acontecendo” – e foi pensando nisso que em meio as minhas andanças pela cidade que nunca dorme, estou de olho no estilo descolado e inspirador que realmente está por todos os lados.

Adoro esse trabalho de observação da moda real, aquela que está nas ruas, do dia a dia e que levando em consideração as devidas proporções podem inspirar nosso visual do dia a dia. Aliás, desde que cheguei por aqui, o clima vem oscilando bastante, um início de primavera bipolar, o que considero um bônus, ideal para nos inspirar para o inverno que vem chegando no Brasil.

As sobreposições inusitadas chamaram muito minha atenção, montadas com camisas, moletons, lingeries a mostra, corpetes e com uma mistura de estilos incríveis. Ficou claro que o “efeito cebola”, aquele que vamos tirando as camadas (peças) durante o dia conforme ele vai ficando menos frio, também é valido por aqui.

O conforto que nos acostumamos nos looks durante a pandemia estão muito presentes nos casacos de plush, em diversos comprimentos e cores. Eles passam a impressão de que estamos sendo abraçados, não importando o que estiver por baixo, aliás por aqui vai de um belo moletom a calça de alfaiataria e camisa.

Um item que me chamou muito a minha atenção foi a proposta de usar um colete de smoking com jeans e sobrepor com um blazer ou casaco alongado e nos pés meia soquete arrastão e mocassim. Aliás, assim como as francesas, as nova-iorquinas entendem a importância de uma boa peça atemporal, e o casaco alongado é um dos itens must-have. O diferencial está na forma de usá-lo, do dia a dia sobrepondo looks mais clássicos, até o fim de semana com moletom.