Ideias

AFUNILA DISPUTA PARA DEFINIR O NOME DO PSDB

Por Julio CodazziJornalista, editor-executivo dos jornais OVALE e Gazeta de Taubaté | 06/06/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Um dos principais mistérios da política taubateana nos últimos oito anos está perto do fim. Quem será o candidato do governo Ortiz Junior (PSDB) à sucessão do tucano, que deixará o Palácio do Bom Conselho em dezembro?

A decisão, é óbvio, será tomada pela família Ortiz. E com grande probabilidade de sucesso nas urnas, como mostram os fatos. Desde 1983, Taubaté teve cinco diferentes prefeitos. Dois deles do clã Ortiz: o pai, José Bernardo, por três mandatos, e o filho, Junior, por dois. Os outros três prefeitos (Salvador Khuriyeh, Mário Ortiz e Roberto Peixoto) chegaram ao poder após indicação do velho Bernardo.

Dessa vez, a indicação caberá ao filho. E, nos corredores da prefeitura, ela já é considerada praticamente certa. Se nos últimos meses o nome de Eduardo Cursino já vinha ganhando força nos bastidores, na última semana a escolha ficou ainda mais evidente.

Dos secretários municipais que eram cotados para a disputa, apenas Cursino deixou a prefeitura antes do dia 4 de junho, prazo máximo para a desincompatibilização exigida pela Justiça Eleitoral nesse caso. Ou seja, nomes como dos secretários Claudio Macaé (Educação) e Johnny Bibe (Desenvolvimento e Inovação) estão fora da corrida.

Hoje, assessores do Palácio do Bom Conselho garantem que seria uma surpresa muito grande se Cursino não fosse o candidato. Com menos força, ainda correm por fora nomes como o do vereador Guará Filho (PSDB) e o de Rosa Celano, diretora de Saúde que tem ganhado destaque por comandar o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19. No caso de Rosa, o tempo corre contra. Para ser candidata, ela teria que deixar a prefeitura até o dia 4 de julho. Em plena pandemia, abandonar o combate ao vírus para embarcar em um projeto político poderia pegar muito mal.

Voltando a Cursino, o maior trunfo do ex-secretário de Governo e ex-secretário de Planejamento está nos bastidores. Ele é o nome indicado por Edsson Chacrinha, chefe de gabinete de Ortiz.

Desconhecido pelo eleitorado em geral, Chacrinha tem grande influência nas tomadas de decisões do prefeito. Foi ele quem coordenou as últimas três campanhas eleitorais de Ortiz - em 2010, para deputado estadual, e em 2012 e 2016, à prefeitura.

Nos últimos meses, Chacrinha costurou nos bastidores diversos apoios ao nome de Cursino. Alguns até inesperados, de políticos que eram cotados como pré-candidatos ao Bom Conselho. Tudo isso para convencer Ortiz de que ele é a melhor opção.

Na campanha, Cursino deve ser apresentado como o 'pai do CAF', em referência ao milionário pacote de obras que será usado como vitrine. Resta saber se isso será suficiente para que o eleitor também o veja como melhor opção..

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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