A famosa expressão "teu passado te condena" retrata bem o fantasma que assombra os políticos em períodos eleitorais. Afinal, em terras brasileiras - e fora do país também -, é praxe a produção de dossiês com todos os 'podres' identificados na trajetória de um inimigo político. Na última semana, o Brasil conheceu um exemplo claro disso. Descobrimos o real motivo que levou Jair Bolsonaro a trocar, em cima da hora, o candidato a vice de sua chapa: saiu o 'príncipe' Luiz Philippe de Orleans e Bragança, do PSL, e entrou Hamilton Mourão (PRTB).

O motivo: supostos vídeos que mostrariam Bragança em uma 'suruba gay' e batendo em mendigos. O material, falso ou não, foi a arma usada por um grupo que insistia para que Bolsonaro tivesse um militar como vice. Funcionou.

Em Taubaté, começaram a surgir os primeiros assuntos que poderão influenciar na eleição municipal de 2020. Por aqui, no entanto, não há nada de falso. São fatos, que podem prejudicar -- ou até sepultar -- pretensas candidaturas.

Os primeiros episódios têm potencial para atingir dois dos oito (isso mesmo, oito) nomes que disputam a indicação do prefeito Ortiz Junior (PSDB) para ser o candidato do governo à sucessão do tucano.

Um desses casos é a denúncia gravíssima feita pelo Ministério Público, que apontou fraude na intermediação feita pelo Sindicato dos Servidores com relação ao plano de saúde dos funcionários da prefeitura. O vereador Guará Filho (PL) não foi denunciado à Justiça, mas caso a irregularidade fique comprovada, é difícil acreditar que a sujeira não irá respingar nele, que presidia a entidade na época da assinatura do contrato.

Outra lambança foi cometida pela Secretaria de Educação, comandada por Claudio Macaé. A pasta deixou vencer o contrato de dedetização e desinsetização das escolas municipais. Um menino de um ano e cinco meses acabou picado por um escorpião, dentro de uma creche, e morreu.