Parcela de 97% dos municípios do Vale do Paraíba declarou ter loteamentos irregulares ou clandestinos em 2024, enquanto a presença de favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados foi registrada em 25% das cidades.
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É o que apontam dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações integram um bloco da Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais) sobre precariedade habitacional.
A pesquisa também considerou ainda outras duas situações de precariedade habitacional: ocupações de terrenos ou prédios por movimentos de moradia, presentes em 10,5% dos municípios, e cortiços, casas de cômodos ou construções chamadas de cabeças de porco (25%).
O IBGE afirma que todas as situações de precariedade investigadas no país são mais frequentes em municípios mais populosos. A presença de favelas ou assemelhados, por exemplo, variou de 4% entre as cidades menores, com até 5.000 habitantes, a 95,8% entre as maiores, com mais de 500 mil pessoas.
A divulgação ocorre em momento no qual setores da sociedade brasileira discutem as condições de vida da população periférica, após a realização de uma megaoperação policial na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
A ação é considerada a mais letal da história do país e, segundo o governo fluminense, buscou frear a facção criminosa Comando Vermelho. Parte dos moradores locais, por outro lado, questiona a mortalidade provocada pelas forças de segurança.
Favelas.
De acordo com a pesquisa, 10 cidades do Vale declararam possuir favela. São elas: Arapeí, Bananal, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Guaratinguetá, São Sebastião, Ubatuba, São José dos Campos, Tremembé e Jacareí.
Quanto aos loteamentos irregulares, apenas Areias declarou não possuir em seu território. As outras 38 cidades da região confirmaram que tinham esses espaços no município em 2024.
Dez cidades do Vale declararam possuir cortiços em seu território. São elas: Arapeí, Bananal, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Guaratinguetá, São Sebastião, Ubatuba, Cachoeira Paulista, Lorena e Queluz.
Por fim, as cidades de Ubatuba, Jacareí, Lagoinha e Taubaté afirmaram possuir ocupações em seu território.