A Câmara de São José dos Campos adiou a votação do projeto do prefeito Anderson Farias (PSD) que cria a loteria municipal joseense. O texto estava na pauta da sessão dessa quinta-feira (21), mas não havia consenso para votá-lo, já que até parte da base governista tem restrições à proposta.
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O projeto foi protocolado no dia 4 de junho, em rito urgente. Como o texto não foi votado em 45 dias, é caracterizado o sobrestamento da pauta. Como as outras propostas da ordem do dia somente poderiam ser votadas após a análise desse projeto, a sessão acabou encerrada poucos minutos após ser aberta.
Segundo o texto, o serviço poderá ser explorado de forma direta pela Prefeitura ou de forma indireta (concessão, permissão ou autorização). O projeto não cita a expectativa de arrecadação do município com a loteria.
Na proposta, Anderson afirma que "a criação de uma loteria municipal se mostra como uma alternativa eficaz para a geração de receitas destinadas ao apoio de políticas públicas, ao mesmo tempo em que possibilita uma atuação reguladora e fiscalizadora por parte da administração municipal, garantindo a proteção e segurança aos cidadãos".
Veto.
Em novembro de 2021, dois vereadores da base governista chegaram a apresentar um projeto que autorizava a Prefeitura a criar a loteria municipal. Em novembro de 2024, a Câmara aprovou o projeto por unanimidade. No mês seguinte, no entanto, Anderson vetou o texto, sob a alegação de que apenas o prefeito poderia apresentar uma proposta sobre serviços públicos.
No veto ao texto dos vereadores, Anderson afirmou ainda que "a execução do projeto de lei implicará em gastos ao erário municipal", mas "que a propositura não veio acompanhada de estudos do impacto orçamentário e financeiro, tampouco da compensação, inexistindo a indicação de origem dos recursos necessários ao custeio das despesas que se objetiva criar". O projeto apresentado por Anderson em junho também não tem estudo do impacto orçamentário e financeiro.