A autópsia feita no corpo de Juliana Marins, 26 anos, após a chegada ao Brasil, indicou que a publicitária morreu em razão de múltiplos traumas provocados por uma queda de grande altura enquanto fazia trilha na Indonésia.
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A causa imediata da morte da jovem foi uma hemorragia interna em razão de lesões poliviscerais e politraumatismo compatíveis com impacto de alta energia cinética.
Segundo o laudo, a brasileira teria sobrevivido por no máximo 15 minutos após o trauma. Os peritos não conseguiram precisar a hora exata da morte devido às condições em que o corpo chegou no Brasil.
O laudo foi divulgado nesta quarta-feira (9), quase uma semana após a liberação judicial que permitiu a nova análise, solicitada pela família da publicitária.
Segundo os peritos, Juliana sofreu lesões internas graves e morreu de hemorragia causada por ferimentos múltiplos em órgãos vitais. A intensidade do impacto foi descrita como de “alta energia cinética” — ou seja, compatível com uma queda brusca.
O laudo também sugere que a jovem passou por um período de sofrimento físico e psicológico antes de falecer, o chamado estado “agonal”.
Exame.
A nova necropsia foi realizada por uma equipe técnica no Rio de Janeiro (RJ), com acompanhamento da Polícia Federal e de representantes da família, que questionava informações da certidão de óbito emitida na Indonésia. Um dos pontos levantados era a incerteza sobre o momento exato da morte, já que o corpo de Juliana só foi resgatado quatro dias depois do acidente.
Na Indonésia, o primeiro laudo já havia apontado que Juliana sofreu politraumatismo, incluindo ferimentos na cabeça, fraturas na coluna, nas pernas e nas costas, além de comprometimento dos pulmões. Os peritos locais descartaram hipotermia, embora as temperaturas no monte Rinjani, onde o acidente ocorreu, estivessem próximas de 0ºC à noite. Juliana não usava roupas adequadas nem equipamentos de proteção.
A família da jovem tem cobrado respostas das autoridades indonésias e brasileiras sobre as circunstâncias do acidente, ocorrido durante uma trilha em área montanhosa e de difícil acesso. A ausência de socorro imediato e o longo intervalo até o resgate levantaram questionamentos sobre negligência por parte da empresa que operava o passeio.
* Com informações do portal UOL e de agências