
O policial militar que atirou nos assaltantes de um mercado em Aparecida, na tarde de segunda-feira (9), estava de folga e com a família em seu carro, quando percebeu a ação dos ladrões e entrou no estabelecimento comercial para conter o crime.
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A ação do policial é descrita no boletim de ocorrência do caso. Os dois assaltantes morreram em decorrência da reação do policial e do proprietário do mercado, que também atirou. Os criminosos tinham 16 e 18 anos, ambos com passagens policiais anteriores.
O assalto aconteceu em um mercadinho na rua Itabaiana, no bairro Itaguassu, em Aparecida. Os dois homens invadiram o mercado e anunciaram o assalto. O policial militar de folga, que passava perto do local, entrou no estabelecimento e atirou nos assaltantes. O dono do mercado também atirou, segundo o boletim de ocorrência.
Os dois assaltantes que morreram usavam um simulacro de arma de fogo e levaram R$ 176 do caixa do estabelecimento. O adolescente foi atingido no tórax e na cabeça, caiu em via pública e morreu no local.
O outro assaltante foi baleado região do olho direito e socorrido à Santa Casa de Aparecida, depois transferido ao Hospital Regional de Taubaté, onde morreu devido aos ferimentos.
Um cliente do estabelecimento também chegou a ser atingido por um dos disparos, mas sem gravidade. Ele recusou atendimento médico.
De acordo com o boletim de ocorrência, os dois assaltantes entraram no mercado usando roupa com capuz e anunciaram o assalto, sendo que um deles mostrou uma arma, posteriormente verificada como simulacro. A dupla ameaçou a funcionária do estabelecimento e subtraiu o dinheiro que estava no caixa, quantia de R$ 176.
O proprietário do estabelecimento reagiu e efetuou disparos na direção dos assaltantes usando uma pistola calibre 22. Após a ocorrência, a polícia verificou que a arma não possuía registro, tampouco o comerciante tinha porte de arma. Ele foi detido, pagou fiança de R$ 1.500 e vai responder em liberdade pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Ação do policial.
No momento do assalto, segundo o registro, um policial militar de folga trafegava em seu carro com sua família pela via pública e presenciou os homens encapuzados entrando no mercado de forma suspeita.
Ao perceber a movimentação atípica e o pânico instaurado no local, ele interveio de forma imediata, utilizando-se da arma de fogo da corporação para repelir a agressão e cessar o roubo.
Segundo o boletim de ocorrência, o policial efetuou cinco disparos contra o adolescente, o qual corria em sua direção com as mãos ocultas dentro do moletom, fazendo menção de estar armado. O assaltante acabou morto em decorrência dos tiros.
O local foi preservado pela Polícia Militar para a realização da perícia técnica. As armas do policial e do proprietário do mercado foram apreendidas, assim como o simulacro de arma de fogo utilizado pelos assaltantes. Também foi apreendido um aparelho celular de um dos autores do crime.
O caso foi registrado como roubo, lesão corporal e homicídio, com excludentes de ilicitude e legítima defesa. A autoridade policial considerou legítima a conduta do policial militar de folga, que agiu em legítima defesa de terceiros, mesma consideração à atitude do proprietário do estabelecimento.
Segundo o delegado, o caso não foi registrado como morte por intervenção policial em razão de o policial não estar de serviço e nem usar uma viatura policial, apenas “utilizou arma da corporação a que pertence”.