INVESTIGAÇÃO

Homem é preso no Vale por pedofilia após ameaçar vítima de morte

Por Da redação | Lorena
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Homem de 25 anos foi preso em Lorena, na última segunda
Homem de 25 anos foi preso em Lorena, na última segunda

Um homem de 25 anos foi preso em Lorena, na última segunda-feira (28), pelo crime de pedofilia, após ameaçar a vítima de 14 anos e os pais dela de morte. A família precisou mudar de endereço justamente para escapar das ameaças do suspeito.

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De acordo com investigação da Polícia Civil, Leandro Fernandes dos Santos usou as redes sociais para descobrir o endereço de sua vítima, uma garota de 14 anos, para ameaçá-la de morte, além dos pais dela.

A família se mudou com medo de que o criminoso cumprisse o prometido, porque ele já havia divulgado fotos íntimas da garota, no perfil dela no Instagram. Leandro usou um perfil falso para enganar e coagir a adolescente, quando ela tinha 13 anos. O caso foi revelado pelo portal Metrópoles.

Leandro foi preso em Lorena, por expor fotos íntimas da jovem. A detenção ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária, de 30 dias, expedido pela Justiça com base em investigação da Polícia Civil.

Denúncia.

O caso começou quando a vítima, que mora na capital paulista, procurou o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), acompanhada pelos pais, em 29 de março, por causa da exposição de fotos íntimas na rede social.

Em depoimento na 4ª DRP (Delegacia de Repressão à Pedofilia), a garota relatou que suas fotos íntimas foram publicadas após se negar a seguir enviando para Leandro fotos e vídeos dela com teor sexual.

O compartilhamento foi feito no próprio perfil da vítima, que foi obrigada a dar a senha ao criminoso, que a mudou e passou a administrar a conta da jovem. Como mostram as investigações, o criminoso criou um perfil falso, fingindo ser uma garota, para se aproximar e ganhar a confiança da vítima, que atualmente tem 14 anos.

O perfil fake, cujo nome era Mariane, ganhou a confiança da garota e conseguiu convencê-la a enviar fotos íntimas, sob o pretexto, por exemplo, de ver se os seios delas seriam semelhantes.

A investigação da 4ª DRP mostra, ainda, que Leandro usava o perfil fake em grupos de bate papo do Telegram e Discord, por meio dos quais foi “apresentado” à vítima pelo perfil fake, ou seja, Mariane, que na verdade era o próprio criminoso, que fingia estar apresentando à vítima a Leandro.

Manipulação.

Nas conversas, Leandro pediu à vítima que enviasse imagens íntimas. A jovem se negou e Leandro, então, afirmou que Mariane (seu perfil falso) já havia encaminhado as fotos da adolescente nua para ele.

“Com isso, ele passou a ameaçar de divulgar o material na internet, conseguindo convencer a jovem a lhe dar a senha de acesso à conta no Instagram, além de ela ser obrigada a encaminhar fotos e vídeos, cada vez mais pesados”, afirmou à reportagem do Metrópoles um policial que acompanha o caso, em condição de sigilo.

A gota d’água foi quando Leandro exigiu e a garota se negou a fazer um vídeo pornográfico com um cachorro. Com a negativa, Leandro compartilhou imagens íntimas da garota, no Instagram dela, em 29 de março.

Além de Leandro, o irmão dele, de 17 anos, foi apreendido em flagrante e indicado pelo crime análogo a pedofilia, pelo fato de manter salvo em seu computador pornografia infantil. O menor foi liberado, ainda na segunda-feira, para responder ao caso em liberdade.

Leandro conseguiu, inclusive, coletar informações sobre os pais da garota, assim como o endereço, ampliando as ameaças à família, inclusive de morte. Isso fez com que eles se mudassem. Com base no relato da vítima, a 4ª DRP instaurou um inquérito e conseguiu elencar provas para viabilizar a prisão de Leandro.

Na casa do criminoso, onde ele mora com a mãe e o irmão, em Lorena, foram apreendidos o computador do menor de 17 anos, com pornografia infantil, além do celular de Leandro, no qual há ameaças à jovem, assim como vídeos dela. O material será periciado.

De acordo com apuração do Metrópoles, a mãe de Leandro desconhecia os crimes. Ela relatou à polícia que o filho mais velho usava com constância o celular e que o caçula ficava bastante no computador.

A defesa de Leandro não foi localizada. O espaço segue aberto para a manifestação do acusado de pedofilia.

* Com informações do portal Metrópoles

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