DADOS DO SEADE

Taxa de fecundidade na região de Araçatuba cai 13% em 25 anos

Por Wesley Pedrosa | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Redes sociais
As regiões administrativas de Araçatuba, Central, Ribeirão Preto, Santos, Campinas e São José dos Campos estão que registraram maiores quedas
As regiões administrativas de Araçatuba, Central, Ribeirão Preto, Santos, Campinas e São José dos Campos estão que registraram maiores quedas

A taxa de fecundidade na região de Araçatuba caiu 13% nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados pela Fundação Seade nesta semana. A região, que em 2000 registrava uma média de 1,72 filho por mulher, alcançou o patamar de 1,50 filho em 2023, refletindo uma importante redução na taxa de nascimentos, alinhada à tendência estadual.

A análise da Fundação Seade destacou a evolução da fecundidade no Estado de São Paulo, que passou de 2,08 filhos por mulher em 2000 para 1,52 em 2023. Este período foi marcado por diferentes movimentos: uma queda entre 2000 e 2007, estabilidade até 2010, aumento entre 2011 e 2015, e oscilações entre 2015 e 2017, culminando em uma nova tendência de redução a partir de 2018.

Na região de Araçatuba, especificamente, o cenário é particular. Apesar de já registrar baixa fecundidade no ano 2000, com 1,72 filho por mulher, houve um aumento pontual até 2015, recuperando o nível inicial, antes de retomar a queda de forma significativa a partir de 2018. Essa redução foi especialmente acentuada entre 2018 e 2019, bem como no período pós-pandemia, entre 2021 e 2022.

Fecundidade é o número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da vida. Ela reflete tanto as escolhas reprodutivas individuais quanto os fatores sociais, culturais e econômicos que influenciam essas decisões.

De acordo com a Fundação Seade, esse processo é influenciado não apenas pela diminuição do número médio de filhos, mas também por mudanças nos comportamentos reprodutivos das mulheres em diferentes faixas etárias. No Estado de São Paulo, a idade média da fecundidade passou de 26,5 anos em 2000 para 28,6 anos em 2023, com maior concentração entre mulheres de 25 a 39 anos.

“Estudos vêm indicando que a queda da fecundidade registrada no período mais recente é resultado da redução iniciada em 2018, somada à reação dos casais frente à situação de riscos provocados pela pandemia de Covid-19”, explicou Lúcia Mayumi Yazaki, da Fundação Seade.

O levantamento também aponta que as regiões administrativas de Araçatuba, Central, Ribeirão Preto, Santos, Campinas e São José dos Campos estão entre aquelas que registraram maiores quedas de fecundidade entre 2018 e 2023. No interior do Estado, a taxa de fecundidade, que até 2020 era inferior à média estadual, estabilizou-se em 1,53 filho por mulher, aproximando-se do índice estadual devido às diferenças nas intensidades de redução.

Comentários

Comentários