Em 2024, até o início deste mês, Bauru registrou 11 casos de pessoas mordidas por morcegos, segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde. Como o animal pode transmitir o vírus da raiva, a vítima deve procurar imediatamente atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades de Saúde da Família (USF) ou nas UPAs do município.
O alerta é importante porque, de outubro a março, ocorre o período de reprodução de algumas espécies de morcegos, o que os torna mais ativos. Durante estes meses, aumenta a possibilidade de ocorrências envolvendo esses animais silvestres.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a maioria dos acidentes envolvendo morcegos requer tanto de uso de soro antirrábico quanto o de vacina contra a raiva. Os soros são administrados exclusivamente nas UPAs e no Pronto-Socorro Central, como qualquer unidade de saúde pode orientar. Após a avaliação, a Seção Técnica de Imunização presta as informações necessárias sobre a conduta adequada para cada caso.
Em caso de soro, serão apontados o local, a data e o horário para a aplicação, além da quantidade de doses necessárias de vacina. Já a vacina contra a raiva está disponível nas UPAs e nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros Centro, Europa, Jussara, Mary Dota e Redentor e não há necessidade de agendamento.
SEM CONTATO
Durante o dia, é comum encontrar morcegos caídos no chão. Como podem transmitir a raiva, não é recomendado manuseá-los e também não é permitido matá-los.
Ao localizá-lo, vivo ou morto, é importante colocar um balde ou caixa de papelão sobre ele para impedir que outros animais ou crianças tenham contato. Caso o animal entre voando no interior de um imóvel, a orientação é apagar as luzes, fechar as portas internas e deixar a janela aberta para permitir sua saída.
NAS COSTAS
Na última semana, um homem caminhou quilômetros com um morcego pendurado nas costas, sem se dar conta. Ele só percebeu o animal, quando foi mordido por ele, após apertá-lo contra a cadeira de trabalho.
Câmeras de segurança flagraram quando o profissional de TI desembarca de um Uber com o animal, que possivelmente caiu sobre ele, enquanto o trabalhador esperava o motorista por aplicativo. Se o cálculo estiver correto, o morcego circulou com ele por duas horas.
Depois do susto, a vítima buscou atendimento médico e enfrentou dificuldades quanto à disponibilidade do soro. A aplicação ocorreu dois dias após o ataque.
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