Investigação de um suposto esquema de desapropriações irregulares em Caraguatatuba, no Litoral Norte, leva o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Militar a deflagrar, nesta quarta-feira (18), a segunda fase da operação ‘Cais do Porto’.
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A primeira fase foi realizada em março de 2023, quando o MP descobriu que a Prefeitura de Caraguatatuba havia pago uma indenização de R$ 10,7 milhões à empresa por área onde foi construído o Centro de Eventos no bairro Porto Novo.
Nesta quarta, a operação cumpre oito mandados de busca e apreensão, com alguns dos alvos em setores jurídicos do município. A Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário e telefônico dos investigados.
A operação é conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) do MP e pelo Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro), da Polícia Civil.
A Prefeitura de Caraguatatuba confirmou que a polícia e o MP estiveram na Secretaria de Assuntos Jurídicos e disse que desconhece a investigação. Informou ainda que o alvo é um ex-agente político, que deixou a gestão em abril deste ano. Ele entregou os documentos solicitados e colaborou com a ação.
Segundo a investigação, o esquema de desapropriações irregulares, formado por servidores públicos e empresários da cidade, causou grande prejuízo aos cofres públicos.
A suspeita é que a Prefeitura de Caraguatatuba tenha pago por desapropriações de áreas de forma irregular, e o dinheiro era divido entre o grupo criminoso. A investigação indica que o grupo teria movimentado mais de R$ 12 milhões.
* Com informações do G1