O brutal assassinato de Márcia Carina Gonçalves, de 25 anos, comoveu Taubaté. Márcia, descrita por familiares e amigos como uma jovem doce, com mentalidade equivalente à de uma criança de quatro anos, foi encontrada carbonizada em um terreno baldio. Ao lado de seu corpo, a polícia encontrou sua boneca favorita, que ela não largava.
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“Saiu com essa boneca. Nós fomos pro socorro, que ela estava passando mal. Era 23h. Ela falou pra mim, ‘mamãe, eu vou dar um passeio. Leva a minha outra nenê, que é a Ana Paula, e deixa a Nayana comigo’. Ela chama a boneca de Nayana”, disse Dora. A boneca estava ao lado do corpo e também foi atingida pelo corpo que estava carbonizado. “Eu limpei, lavei e deixei a roupinha dela. Você vai ficar comigo, vai ser minha companheirinha agora’, revelou ela ao Cidade Alerta, da TV Record.
Márcia morava com sua mãe, Dona Dora, que se dedicava integralmente aos cuidados da filha, que tomava 15 medicamentos diários devido a problemas psiquiátricos. Ela desapareceu no sábado (23), dias antes de ser internada para tratamento. Segundo testemunhas, ela foi vista pela última vez sendo levada por um homem desconhecido. Testemunhas apontam que ele pegou Márcia pela mão e a levou.
O corpo foi localizado na quinta-feira (28) em um terreno isolado, a cerca de três quilômetros da residência onde Márcia vivia. No local, não há câmeras de segurança, o que dificulta as investigações. Familiares descartam a possibilidade de que ela tenha sido atraída por redes sociais, acreditando que a jovem tenha sido convencida a sair de casa por alguém conhecido. “Não foi. Foi alguém que cruzou por ela na rua e teve essa maldade. Foi alguém que ela conheceu. No bairro que ela foi, ela tinha um bar em que ela ia com os amigos. Ela tinha uns amiguinhos dela daqui do bairro. E a pessoa chamou ela e ela foi”, disse a mãe.
Doçura e solidariedade.
Márcia era conhecida por sua bondade. Recentemente, havia separado algumas de suas bonecas para doar a crianças carentes no Natal. Sua mãe, emocionada, revelou que Márcia sempre demonstrava grande empatia e vontade de ajudar os outros.
“Ela tinha o coração de uma criança e era amiga de todos. Nunca teve inimizades”, disse Dona Dora, que agora enfrenta o vazio deixado pela filha.
Comunidade cobra justiça.
Amigos e parentes realizaram um protesto nas ruas da cidade pedindo respostas rápidas das autoridades. Apesar de relatos indicarem que o responsável poderia ser alguém do bairro vizinho, até o momento, não há suspeitos identificados.
Dona Dora conta com a solidariedade de vizinhos e amigos para lidar com a perda e espera que a justiça seja feita. “Só quero que quem fez isso pague pelo que fez”, desabafou uma vizinha.
As investigações continuam, e a polícia busca pistas que possam levar à identificação do autor do crime.