O "Siga - Guia Acessível da Cidade" é um projeto de extensão da Unesp Bauru voltado para pessoas com deficiência visual, que faz audiodescrição de lugares do município. Entre 124 locais, a fachada do Jornal da Cidade, na rua Xingu, 4-44, também foi contemplada. O mapa acessível está disponível na versão web pelo link https://siga-web.unesp.br/#/ e também por aplicativo para celular. O aplicativo, nas versões IOS e Android, pode ser encontrado pelo nome "Siga: Guia Acessível da Cidade". A coordenadora do projeto Suely Maciel afirma que o são divulgadas informações históricas e audiodescrições sobre a parte física e arquitetônica das localidades.
"Há outros projetos de acessibilidade, mas um aplicativo com audiodescrição de ambientes e paisagens e com informações históricas, eu diria que é a 1ª iniciativa no mundo ocidental que traz algo assim para os usuários", ressalta a professora.
Suely conta que o projeto foi criado em 2020 e retomado após a pandemia. "O Siga é um dos projetos do Laboratório de Ensino Pesquisa e Extensão em Mídia e Acessibilidade - Biblioteca Falada que atua com usuários do Lar Escola Santa Luzia para Cegos, Apae e Sorri desde 2013. Em reuniões com as pessoas com deficiência visual, elas nos indicaram quais lugares em Bauru que gostariam de saber como são", explica.
Neste ano, os membros estão concluindo a audiodescrição dos pontos de interesse em Bauru. Depois começarão a descrever locais em Botucatu e Marília. A coordenadora ressalta que o projeto é colaborativo e engloba o usuário em suas etapas.
Durante as reuniões, os estudantes e membros do projeto apresentavam as audiodescrições para as pessoas com deficiência visual, que ouviam e faziam sugestões. O projeto evoluiu até chegar no formato utilizado hoje. Suely ressalta que todos os roteiros passam por consultoria de audiodescritores cegos. Após essa avaliação, os discentes da Unesp locutam o texto aprovado.
Os pontos de interesse incluem supermercados, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospitais e a Estação Ferroviária, por exemplo. A coordenadora afirma que a maior parte dos locais fazem parte do trajeto e dia-a-dia dos usuários na cidade.