CELULARES

Veto a celulares em sala já vigora em escola de Piracicaba

Por Ana Laura França e Roberto Gardinalli | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 2 min
Will Baldine/JP

O Plenário da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou, de forma unânime em sessão extraordinária realizada na terça-feira (12), um projeto de lei da deputada Marina Helou (Rede), que proíbe a utilização de aparelhos celulares por alunos das escolas públicas e privadas do Estado. Agora, a proposta segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O projeto aprovado em São Paulo associa o uso dos celulares em sala de aula à diminuição da concentração e aprendizado dos alunos. Antes da aprovação, porém, escolas de Piracicaba já criaram regras internas para diminuir a influência dos aparelhos na rotina escolar.

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“A nossa escola já não permite a vinda do celular para a escola do primeiro ao quinto ano. Infantil, jamais. E aí, a partir do sexto ano, a gente tenta trabalhar em uma certa parceria com a família, incentivando que não precisam trazer”, disse a professora de Ciências do COC Piracicaba, Bruna Vieira. A professora, cita que mesmo que os alunos mantenham o celular guardado nas mochilas durante a aula, os estudantes acabam se dispersando por conta da preocupação com o aparelho. “Eles ficam com aquela preocupação de estar ali o celular, se tocou o WhatsApp, se um jogo apitou”, disse.

Ainda na opinião da professora, a presença do aparelho atrapalha, também, na socialização dos alunos, que preferem ficar no celular e não interagem entre si nos intervalos, por exemplo.”Não é só na construção do conhecimento, porque a gente acaba dividindo a atenção do aluno, é também na construção da questão social, do divertimento. Apesar disso, Bruna acredita que o celular pode ser usado como aliado, mas, fora do ambiente escolar. “Em casa, para usar para uma pesquisa, para trabalhar, para aumentar o conhecimento, legal. Mas, ainda assim, a gente sempre pede que seja orientado, que os pais possam participar, para que eles possam fazer uso dessa ferramenta da melhor forma para nos ajudar na construção do conhecimento”, diz. “Eu acredito que, quando vier essa lei, se ela for vigorada, se a gente trabalhar a conscientização, escola, família, aluno, eu acho que a gente só tem a ganhar”, finalizou.

O projeto da deputada Marina Helou cita que as formas de controle do aparelho em escolas municipais será discutida em parceria entre o Estado e as secretarias municipais de educação. Apesar da abrangência, a SME (Secretaria Municipal de Educação) informou que o projeto aprovado não afetará diretamente as escolas da rede municipal. “As escolas da Rede Municipal de Piracicaba atendem a educação infantil e o ciclo I do ensino fundamental, com crianças na faixa etária de até 10 anos de idade. Portanto, a demanda sobre o uso de celulares não afeta diretamente as escolas da rede”, informou em nota.

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