TARIFA DE ÔNIBUS

Conselho de Usuários vê com apreensão impasse sobre o subsídio

Por André Fleury Moraes | da Redação
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Divulgação
Paulo Amaral, presidente do Conselho de Usuários do Transporte de Passageiros do Município de Bauru
Paulo Amaral, presidente do Conselho de Usuários do Transporte de Passageiros do Município de Bauru

O Conselho dos Usuários de Transportes de Passageiros do Município de Bauru acompanha com apreensão o impasse em torno da prorrogação do subsídio sobre a tarifa da Circular. Presidente do colegiado, Paulo Amaral afirma temer que o reflexo da disputa acabe recaindo sobre o passageiro, que pode ter de pagar mais caro caso o problema não se resolva.

O prazo de validade do subsídio tarifário venceu em 31 de outubro sem definição sobre eventual prorrogação. A prefeitura até enviou projeto à Câmara ampliando em seis meses o prazo de vigência - mas o texto chegou a apenas 10 dias do término do benefício e não pôde ser votado a tempo até o momento.

Empresas responsáveis pelo setor, enquanto isso, já acumulam mais de R$ 600 mil em valores em aberto desde o fim da vigência do benefício - o valor da tarifa, afinal, não se alterou mesmo após o término da autorização para que a prefeitura aporte 75 centavos por bilhete.

Para o presidente do conselho, o impasse em torno do projeto ocorre também num momento complicado: um dos contratos da Circular, afinal, está prestes a vencer e, ao mesmo tempo, já há pedido das concessionárias para aumentar o valor do bilhete - o chamado reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

"Isso significa que podemos ter uma nova tarifa, talvez até maior, o que impõe até a necessidade de se rediscutir o valor subsidiado para não prejudicar a população", afirmou Paulo ao JC nesta terça-feira (12).

Segundo ele, o colegiado deve oficiar nos próximos dias a Câmara de Bauru para discutir o assunto. "Essa questão de prazos [de envio ou votação de projeto] não passa por nós. Mas o fato é que temos de trabalhar o problema de forma a evitar ao máximo prejuízo ao usuário", pontua.

Enquanto isso, porém, permanece a indefinição da prefeitura sobre o tema. Na semana passada, o governo criticou a demora para se aprovar o texto na Casa e disse que a tarifa poderia subir caso o projeto não fosse aprovado até a sessão desta segunda-feira (11).

O texto sequer entrou na pauta da reunião legislativa porque vereadores querem aprofundar a análise da proposta, sobretudo diante de apontamentos da Procuradoria da própria prefeitura.

"A expectativa é que o projeto retorne para a pauta da Casa de Leis na segunda-feira (11), e caso seja aprovado, a tarifa vai seguir no valor de R$ 5,00 para a população. No entanto, caso não seja aprovado, uma nova reunião discutirá, na semana que vem, a possibilidade de reajuste da tarifa para os usuários do transporte coletivo do município", disse a administração em nota.

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