BAURU

Governo 2025: expectativa sobre o restante da dívida federalizada

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Prefeitura de Bauru
O viaduto Nicola Avallone Jr, na época conhecido como 'viaduto inacabado', ponto central do imbróglio da dívida
O viaduto Nicola Avallone Jr, na época conhecido como 'viaduto inacabado', ponto central do imbróglio da dívida

A Prefeitura de Bauru caminha para 2025 com a expectativa de receber entre dezembro e o início do ano que vem o saldo remanescente da chamada dívida federalizada - o erro de cálculo no financiamento do viaduto Nicola Avallone Júnior, também conhecido como "viaduto inacabado". Isso representa cerca de R$ 20 milhões aos cofres públicos municipais.

Todas as partes envolvidas - os autores populares, a União, o Ministério Público Federal e o Palácio das Cerejeiras - já concordaram com a liberação da segunda leva dos recursos. A primeira foi depositada ao município no final de 2022 - desde então o valor restante segue pendente de autorização judicial.

O caso envolve uma ação popular ajuizada em 2002 pelos advogados José Clemente Rezende, Robson Olimpio Fialho e Tadeu Luciano Seco Saravalli contra a União Federal e o Banco Chase Manhattan, atualmente Banco J.P Morgan.

A ação diz que o financiamento para a construção do viaduto Nicola Avallone Jr, que liga o Centro de Bauru à Vila Falcão, foi irregularmente calculado. A estrutura ficou conhecida como "viaduto inacabado" em razão da demora que levou para ser concluída - a obra começou em 1993 e só foi finalizada em 2015.

Em 1996, na gestão Tidei de Lima, a Prefeitura de Bauru fez um empréstimo de R$ 10 milhões do banco Chase Manhattan para finalizar o viaduto - que passa sobre os trilhos da antiga Fepasa. A dívida, no entanto, subiu para R$ 23,3 milhões 42 meses depois, um aumento de 233%. O município ofereceu repasses da quota-parte do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios como garantia no empréstimo. Também concordou com multa de 10% sobre o valor das parcelas que não fossem eventualmente pagas.

Apesar da inadimplência do município, o antigo Manhattan demorou a executar os valores, o que elevou o valor do débito. Em 1999, a União "comprou" a dívida de Bauru por R$ 42 milhões. A cifra incluiu o financiamento do viaduto e outras pendências da época, com prazo de 30 anos para pagamento.

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