INVESTIGAÇÃO

Briga leva irmãos a matar cunhado na zona sul de São José

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Repórter Especial
Reprodução / PC
Imagem mostra matador atirando em Maike (foto no detalhe)
Imagem mostra matador atirando em Maike (foto no detalhe)

A Polícia Civil identificou os três homens envolvidos no assassinato de Maike Gabriel de Melo, 27 anos, executado a tiros em 22 de agosto de 2024, num bar no Campo dos Alemães, na região sul de São José dos Campos.

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Ele foi assassinado por dois irmãos e um comparsa que dirigiu o carro para os matadores, tornando-se cúmplice. Intrigas e atentados entre Maike e os suspeitos seriam a causa do homicídio. A vítima era cunhado de um dos irmãos.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de São José dos Campos, estão envolvidos no homicídio os irmãos Carlos e Luiz e o comparsa Lucas.

O trio foi identificado com o auxílio do sistema de monitoramento por câmeras do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) de São José. os policiais localizaram o carro usado pelos criminosos no dia da morte de Maike.

Trama.

Segundo a investigação, Lucas é dono do veículo e foi quem dirigiu para os irmãos no dia do crime. Carlos e Luiz desceram do carro perto do bar onde estava Maike, por volta de 21h40.

O carro ficou estacionado alguns metros de onde a vítima estava. O atirador e seu comparsa desembarcam enquanto o motorista permanece no automóvel. O atirador caminha em direção a Maike, enquanto o segundo suspeito senta-se atrás de uma árvore em ponto que pode, ao mesmo tempo, fiscalizar a esquina e olhar a vítima e o carro.

O atirador se aproxima, saca a arma de fogo e atinge Maike fatalmente, enquanto ele estava sentado em uma cadeira no bar. Os tiros provocam pânico e frequentadores do bar saem correndo fugindo das balas.

Segundos após os disparos, um dos suspeitos caminha até o carro, enquanto o atirador corre no mesmo sentido, e ambos embarcam no veículo que deixa o local.

Câmeras.

Por meio das imagens do CSI, os policiais traçaram todo o caminho do carro até a casa de um dos matadores, no Jardim Vale do Sol, na zona sul de São José. O veículo e o dono, Lucas, foram localizados.

Os suspeitos foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios e relataram cada um a sua versão dos fatos, segundo a polícia. Eles descreveram “ameaças, brigas e ocorrências a tiro” envolvendo Maike, A polícia confirmou a escaramuça a bala, mas informou que, estranhamente, eles “não procuraram a polícia para registrar os crimes, muito embora gravíssimos”.

Primeiro suspeito a ser identificado, Lucas foi entrevistado duas vezes, e apresentou versões contraditórias. Na primeira, disse que dirigiu o carro até o local do homicídio e que estava acompanhado apenas de Carlos, que “desembarcou do carro e retornou aflito e pálido após os tiros”.

Dias depois, convencido por sua esposa, ele retornou à Delegacia de Polícia e afirmou que tinha ido ao local do crime, desembarcou e aguardou em uma adega o retorno de Carlos, que deixara o bar acompanhado de Luiz.

Brigas familiares.

Para a polícia, os irmãos Carlos e Luiz “participaram ativamente da morte de Maike” e “se valeram de Lucas” para cometer o crime. Os motivos são decorrentes de “conflitos familiares ocorridos em um passado recente e que envolviam diretamente os irmãos suspeitos”.

O Ministério Publico pediu a prisão preventiva dos autores, mas a Justiça concedeu o direito deles responderem ao processo em liberdade, com sete medidas cautelares, como comparecimento mensal ao juízo, proibição de manter contato com testemunhas e recolhimento domiciliar noturno.

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