ELEIÇÃO EM SÃO JOSÉ

Na reta final, Cury eleva críticas; Anderson destaca gestão

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Anderson Farias  e Eduardo Cury
Anderson Farias e Eduardo Cury

O round final.

O eleitorado de São José dos Campos vai decidir no próximo domingo (27) quem será o prefeito da cidade a partir de 1º de janeiro de 2025.

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Estão na disputa o atual prefeito Anderson Farias (PSD), que tenta a reeleição, e o ex-prefeito e ex-deputado federal Eduardo Cury (PL), que governou a cidade por dois mandatos, de 2005 a 2012.

No primeiro turno, Anderson ficou com 39,66% dos votos válidos (145.061 votos) e Cury com 25,96% (94.947 votos).

Os candidatos entram na reta final da campanha com estratégias diferentes, mas ambos com mudanças de rota.

Eduardo Cury.

Cury elevou o tom das críticas a Anderson e passou a destacar em sua propaganda eleitoral a presença do guru político e ex-prefeito Emanuel Fernandes (PSDB), além de realçar o apoio que recebeu do deputado estadual Dr. Elton (União). O parlamentar ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 19,89% dos votos válidos (72.745 votos).

No final de semana, Cury registrou boletim de ocorrência na Polícia Federal e na Polícia Civil alegando ter sido alvo de um “mega ataque de robôs” em seu perfil no Instagram, que visaria “confundir o algoritmo” e limitar, desta maneira, a distribuição de seus conteúdos para os seus “reais seguidores”. O ex-prefeito também disse que descobriu uma pesquisa feita por telefone que estaria dizendo “inverdades” sobre ele.

Sem acusar diretamente Anderson, Cury tem aumentado as críticas contra o prefeito, seja na questão administrativa como na campanha eleitoral. “Nunca vi em São José uma campanha de tão baixo nível, cheia de ataques pessoais”, disse Cury recentemente.

A presença mais constante de Emanuel na campanha do candidato do PL e o apoio de Dr. Elton são trunfos que Cury usa para tentar reverter o espaço perdido no primeiro turno e vencer as eleições.

O movimento acontece depois de Cury ter apostado na figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, quando fez uma carreta com o político pelas ruas da cidade. O apoio, contudo, não reverteu em votos suficientes para vencer no primeiro turno.

Anderson Farias.

Em contrapartida, Anderson adotou a estratégia de fugir do confronto direto com Cury, tendo faltado ao debate da TV Band Vale na semana passada, por exemplo. Na ocasião, ele alegou ter sido ofendido em debate no primeiro turno e que vinha sendo alvo de uma “escalada de fake news”.

O prefeito também mudou a estratégia de campanha e adotou um tom menos crítico visando o segundo turno, após tentar desconstruir seus adversários no primeiro turno.

É perceptível que Anderson tem trabalhado mais em divulgar feitos do governo municipal, em uma clara tentativa de converter a alta aprovação da administração em votos.

Outra medida é que Anderson tem tentado se tornar mais conhecido do eleitorado, como prefeito da maior cidade do Vale do Paraíba e também como pai e homem de família.

Ele tem aparecido em diversos vídeos sobre a cidade e em postagens nas quais aparece ao lado do filho João Henrique, que perdeu parte da perna em um acidente na Irlanda, há um ano.

Decisão.

Ficará a cargo do eleitorado de São José dos Campos, com 536.913 pessoas aptas a votar no segundo turno, a decisão sobre quais estratégias de campanha foram mais bem sucedidas e ajudarão o candidato a se eleger no domingo.

Comentários

2 Comentários

  • VS 3 dias atrás
    Domingo será o dia de exercermos nosso papel de cidadãos, depositando nosso voto nas urnas. As pesquisas apontam que o eleitor joseense repudia veementemente o “vale-tudo eleitoreiro” dos últimos dias, promovido pelo candidato Eduardo Cury. O deputado Cury, parlamentar que não apresentou qualquer proposta favorável à cidade em sua última passagem por Brasília, é uma figura anacrônica, sem espaço nos dias atuais. Ele é o retrato de uma elite decadente que não quer abrir mão de seus privilégios, mesmo estando envolta em escândalos judiciais de nepotismo e improbidade, facilmente encontrados em uma busca no Google. Não respeitou o antigo PSDB de Emanuel e não respeita Bolsonaro do atual PL, respeita apenas o seu projeto pessoal de poder. Que ele leve suas “ideias genéricas” para bem longe do Paço Municipal.
  • Maria Rita 4 dias atrás
    O fato de ter criticado Bolsonaro e depois trocar o PSDB pelo PL, partido a que ele pertence atualmente, leva-o a perder muitos votos. Ambos foram bons administradores da cidade, mas o caráter de cada um é o grande diferencial.