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Com R$ 129 bi em pedidos, Embraer tem melhor resultado em 9 anos

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 1 min
Da redação
Divulgação
Resultados foram apresentados nesta sexta-feira
Resultados foram apresentados nesta sexta-feira

A Embraer entregou 57 aeronaves no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 33% em comparação ao mesmo período do ano anterior e 24% em relação ao trimestre anterior. A divisão de Aviação Comercial entregou 16 jatos, enquanto a Aviação Executiva contribuiu com 41 aeronaves. A empresa também entregou duas aeronaves C-390 Millennium no setor de Defesa e Segurança: uma para a Hungria e outra para o Brasil.

A carteira de pedidos da Embraer atingiu US$ 22,7 bilhões, o que equivale a quase R$ 129 billhões, o maior valor em nove anos, com um crescimento de 25% em relação ao ano anterior e 10% em comparação ao trimestre anterior. O setor de Defesa e Segurança foi o principal responsável pelo aumento, com um acréscimo de US$ 1,5 bilhão. Já os segmentos de Aviação Executiva e Comercial apresentaram pequenas quedas, enquanto Serviços e Suporte registrou um aumento de US$ 367 milhões.

Na Aviação Executiva, foram entregues 41 unidades, um aumento de 45% em relação ao ano anterior. Os jatos Praetor 500 e Praetor 600 representaram quase metade das entregas, enquanto o Phenom 300, líder de vendas em sua categoria por 12 anos consecutivos, teve o melhor desempenho, com 18 unidades entregues.

A Aviação Comercial entregou 16 jatos, sendo 12 da família E2 e 4 da família E1, representando um aumento de 5% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Entre os destaques, está a entrega do primeiro jato E2 para a LOT Polish Airlines e um pedido firme da Virgin Australia para oito jatos E190-E2. A carteira de pedidos da Aviação Comercial alcançou US$ 11,1 bilhão, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.

Comentários

1 Comentários

  • Alexandre 19/10/2024
    Sobre o KC-390 Millennium, a Embraer superou a concorrência com Aribus e Boeing fechando uma venda de 188 unidades para o Marrocos. O acordo histórico, além de fortalecer a posição da fabricante brasileira no mercado global de defesa, pode ser um argumento de negociação para não ter de abrir uma fábrica da Arábia Saudita ou na Índia, caso vença os contratos. O momento geopolítico está muito conturbado no que envolve a Arábia Saudita (Irã) e Índia (Rússia e China). De modo que o Marrocos é um território neutro e este contrato pode viabilizar uma fábrica no país no norte africano. A Força Aérea Real Marroquina irá substituir toda a sua frota do Hércules C-130 pela alternativa mais moderna do momento, o produto da Embraer. O Marrocos é um país árabe (monarquia constitucional) tendo com religião oficial o islã. O que favorece mais a negociações com os sauditas do que com os indianos.