Morreu aos 86 anos o ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Vale do Paraíba, Antonio Joaquim de Oliveira Junior, conhecido como coronel Oliveira Junior. Ele comandou o 11º Grupamento dos Bombeiros, responsável pela corporação na região.
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A morte foi confirmada nesta terça-feira (15). A causa não foi divulgada. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Coronel Oliveira Junior era pai do candidato a vice-prefeito na chapa de Sérgio Victor (Novo) em Taubaté, o coronel Oliveira Neto, que lamentou a morte em uma postagem nas redes sociais. “Nosso pai se foi. Muito obrigado pelas mensagens de pesar. É um grande consolo ver como nosso pai era amado e respeitado”, disse.
O Esporte Clube Taubaté também divulgou comunicado lamentando a perda do coronel Oliveira Junior, conselheiro vitalício do clube e considerado um “grande batalhador e amante do EC Taubaté”.
“Em várias oportunidades de dificuldades no clube, ele sempre esteve presente e com sua sabedoria e experiência de comando militar, sabia comandar os demais, em busca de soluções”, informou o Taubaté.
Ainda com a patente de tenente, Oliveira Junior chegou a dirigir a equipe profissional do Taubaté em quatro partidas, durante o Campeonato Paulista da Primeira Divisão de Acesso em 1967.
Papa.
Em 1980, quando comandava o 11º GB, coronel Oliveira Junior teve contato com o homem que viraria santo décadas depois, o papa João Paulo 2º, que visitou o Brasil naquele ano. Ele chegou em 2 de julho, comemoração do Dia do Bombeiro e aniversário do centenário do Corpo de Bombeiros.
No dia 4 de julho, o papa foi até a cidade de Aparecida para celebrar uma missa. Na ocasião, os bombeiros foram contatados por um padre sobre a possibilidade de fornecer uma viatura para levar a imagem de Nossa Senhora Aparecida da Basílica Velha para a Nova. Foi então que coronel Oliveira Junior viu uma oportunidade de fazer um pedido ao padre: “Seria possível fazer chegar às mãos do papa um mimo?”.
No dia da missa, em plena celebração, coronel Oliveira Junior foi chamado diante do papa e ofertou-lhe um capacete, em louça, com a inscrição "Papa João Paulo II", e pediu-lhe a benção. No que o papa disse, em português: “Abençoo você e todos os bombeiros brasileiros”. Ele ainda ganhou um terço católico.
Três meses depois o comandante recebeu do Vaticano a foto em que o papa recebia o capacete de bombeiro.
“As tarefas da profissão sempre trazem ligações importantes, sejam elas a de salvar uma vida ou a de receber a benção daquele que, um dia, se tornaria Santo. Obrigado comandante pela brilhante carreira, por tudo que sempre fez pela nossa Corporação, e pelo legado deixado para as futuras gerações, hoje o senhor já se juntou a nossa Guarnição Celestial mas a tua história e teu legado”, escreveu uma página dedicada aos bombeiros.
