Sequestrada aos 11 anos de idade e vendida como escrava sexual, sendo obrigada a se casar com um integrante de um grupo terrorista.
Israel anunciou no último dia 3 de outubro, o resgate de uma mulher iraquiana, da minoria religiosa yazidi, sequestrada pelo Estado Islâmico e mantida em cativeiro na Faixa de Gaza durante 10 anos.
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Fawzi Amin Sido, de 21 anos, foi sequestrada por terroristas do EI em sua casa na cidade de Sinjar, no Iraque, em agosto de 2014, quando tinha apenas 11 anos.
Ela foi então “vendida” em Raqqa, na Síria, e forçada a se casar com um homem palestino de Gaza, supostamente membro do grupo terrorista Hamas, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Ela relatou ter sido vítima de abusos e tortura por parte da família de seu marido e das autoridades do Hamas durante o período em que foi mantida em cativeiro em Gaza.
Separada de sua família, religião e língua nativa, Sido engravidou de seu marido e deu à luz a seus dois filhos quando ainda era muito jovem.
A morte do homem que mantinha Fawzia em Gaza permitiu a fuga da jovem, que prontamente se escondeu e aguardou ajuda. O jornal The Times apurou que um vídeo compartilhado no TikTok, no qual "implorava por ajuda", permitiu o planeamento do resgate da jovem.
Fawzia foi resgatada pelo exército israelita, na última quinta-feira (3). A operação foi descrita como "complexa", uma vez que envolveu a coordenação entre os Estados Unidos, a Jordânia e outros países, que optaram por não identificar a sua intervenção.
“A jovem foi retirada da Faixa de Gaza nos últimos dias em uma operação secreta através da travessia de Kerem Shalom. Depois de atravessar para Israel, ela foi levada para a Jordânia através da Travessia de Allenby e depois para sua família no Iraque”, disseram as IDF.
O general Elad Goren, que lidera o esforço humanitário e civil das forças armadas israelitas na Faixa de Gaza, revelou que Fawzia parecia estar em "razoável" forma física, mas que "não estava numa boa situação mental" devidos aos traumas significativos que tinha sofrido.
A mãe de Fawzia partiu do princípio de que a filha tinha sido morta há muito tempo, até que se deparou com uma entrevista num canal de televisão curdo, na sequência do apelo do TikTok.
O vídeo do reencontro entre Fawzia e a família foi compartilhado nas redes sociais.
Apesar de ter sido salva, o sofrimento de Fawzia não chegou ao fim. A jovem teve dois filhos, que ficaram para trás.
*Com informações dos sites Veja e Correio da Manhã