"Matei a minha filha. A castiguei e ela morreu. Ela era atrevida. Bati nela, não era minha intenção matá-la, mas bati muito". A frase é de Urfan Sharif, que admitiu ter matado a própria filha, Sara Sharif, de 10 anos, em agosto de 2023, em razão dela ser "atrevida". O caso chocante aconteceu na Inglaterra. O julgamento do caso teve início nesta segunda-feira.
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Além de Urfan, de 42 anos, a madrasta de Sara, Beinash Batool, de 30 anos, e o tio Faisal Malik, de 28 anos, estão acusados do homicídio da menina de 10 anos. Um dia após o crime, a família fugiu para o Paquistão, onde chegou no dia 10 de agosto. Naquele mesmo dia, o pai ligou para a polícia e confessou o crime.
O corpo de Sara foi descoberto debaixo de um cobertor em um beliche no andar de cima da sua casa em Woking, em 10 de agosto do ano passado. "Num quarto do andar de cima, no beliche de baixo, a polícia encontrou o corpo de uma menina, deitada na cama, debaixo do cobertor, como se estivesse a dormir. Mas ela não estava a dormir. Estava morta. O seu nome era Sara Sharif e tinha apenas dez anos quando foi morta", disse o procurador William Emlyn Jones KC.
Ao lado do corpo estava um bilhete assinado pelo pai onde admitia o crime. "Fui eu, Urfan Sharif, que matei a minha filha a pancadas. Juro por Deus que a minha intenção não era matá-la. Mas perdi a cabeça. Estou fugindo porque tenho medo", dizia a nota. Nas semanas que antecederam a morte, a criança já havia sido vítima de maus-tratos.
Durante o julgamento, todos se declararam inocentes do homicídio e de causar ou permitir a morte da criança.
*Com informações do Correio da Manhã, de Portugal