Campinas se prepara para enfrentar um período crítico de 15 dias com alto risco de incêndios, especialmente em áreas florestais. A Defesa Civil informou que está intensificando suas operações e reforçando os plantões da Operação Estiagem, em uma ação conjunta com o Corpo de Bombeiros. A decisão foi tomada durante uma reunião com o Governo do Estado que contou com a participação de representantes de vários municípios e do coordenador regional da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
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Com a previsão de 15 dias sem chuvas e com altas temperaturas, as autoridades estão em alerta máximo. “Diante da ausência de previsão de chuva, discutimos a possibilidade de novos incêndios florestais semelhantes aos que ocorreram recentemente. A orientação é manter todo o Sistema de Defesa Civil mobilizado”, afirmou Furtado.
E pode piorar
As previsões meteorológicas indicam que Campinas enfrentará temperaturas de até 36 graus na próxima semana, com mínimas sempre acima de 17 graus. Não há previsão de chuva, e a umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 25% no período da tarde. Rajadas de vento também devem ocorrer, o que favorece o alastramento do fogo.
Isso ocorre por conta de uma nova massa de ar seco que chega ao Brasil na segunda-feira, 2. As previsões indicam que esse período de calor em pleno inverno deverá ser maior que os anteriores, e ele pode persistir até meados da segunda quinzena de setembro. Chuvas só deverão ocorrer no final do mês.
Atear fogo em mata é crime
A Defesa Civil de Campinas reforça que colocar fogo em vegetação é crime ambiental, sujeito a penalidades severas, e pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente e à população. Denúncias sobre queimadas ilegais podem ser feitas pelo telefone 181. Furtado também destacou a importância de a população não atear fogo na vegetação ou em lixo. “Estamos preparando material específico para divulgar medidas preventivas. Pedimos à população que, caso veja alguém provocando queimadas ou soltando balões, acionem a Polícia Militar (190) ou a Guarda Municipal (153). Em caso de incêndio, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (193)”, reforçou.
Cuidados com a saúde
No período da estiagem, a umidade do ar costuma ser mais baixa e pode trazer diversos impactos na saúde das pessoas. Alergias e problemas respiratórios podem piorar, além de haver irritação nos olhos e no nariz. A pele também fica mais ressecada.
A Defesa Civil orienta que as pessoas não se descuidem de tomar água e evitem caminhar ou fazer outras atividades físicas ao ar livre nos horários mais críticos, entre 10h e 16h. Também pode ser usado soro para lubrificar olhos e nariz.
A umidade relativa do ar é o quanto de água existe na forma de vapor na atmosfera. O índice é dado em porcentagem, considerando o total máximo de umidade que poderia haver para uma determinada temperatura.
Estado de Atenção, Alerta e Emergência: saiba diferenciar
- Estado de Atenção: URA entre 21 e 30%, quando o índice fica abaixo de 30% é preciso evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.; consumir água à vontade.
- Estado de Alerta: URA entre 12 e 20% é preciso observar as recomendações do estado de atenção; evitar aglomerações em ambientes fechados; usar soro fisiológico para olhos e narinas.
- Estado de Emergência: URA abaixo de 12% além de observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta; determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, entre 10h e 16h; durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.
