A família de uma criança de um ano e oito meses está acusando uma professora da creche Marilia Pereira Valente, no Jardim Gurilândia, em Taubaté, de agressão. Segundo a mãe e o pai do garoto, a agressão foi filmada por câmeras de segurança. “A professora pega ele pelas pernas e o joga em outro canto onde o mesmo bate a coluna e a cabeça”, disse o pai.
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A história ganhou contornos policiais com o registro de uma ocorrência na Polícia Civil. “Tanto a Secretaria da Educação, quanto a direção da escola, estão cientes do ocorrido, e mesmo assim, até agora, nenhuma providência foi tomada. Realizamos boletim de ocorrência e mesmo assim nada foi feito ainda. A professora em questão ainda continua dando aula. E para abafar o caso, os mesmos tentam nos coagir a transferir a criança de escola”, relatou o pai.
Procurada, a Secretaria de Educação de Taubaté, afirmou nesta quinta-feira (8), que a professora suspeita de agressão foi transferida de unidades até que as investigações terminem.
“Após tomar conhecimento e realizar uma apuração interna dos fatos, encaminhou o caso à Corregedoria Geral do Município, órgão competente para apurar infrações ético-disciplinares. Independentemente deste encaminhamento, a Secretaria intensificou a supervisão na unidade escolar. Reiteramos o compromisso desta Secretaria de Educação com o bem-estar e a garantia dos direitos de todas as crianças do Sistema Municipal de Ensino”, disse a Secretaria de Educação, em nota a OVALE.
Segundo depoimento à Polícia Civil, a ocorrência foi registra em 17 de junho. De acordo com os pais, duas semanas antes, eles notaram que o filho estava voltando acuado da escola. Em um dos dias, o pai afirma que foi buscar o filho e o encontrou embaixo da estante, isolado dos demais alunos. Após isso, a avó foi buscá-lo e o menino teria voltado em choque e chorando. Neste mesmo dia, os pais notaram que o menino tinha voltado com uma queimadura na perna e voltou com os lábios roxos. “A escola alegou que uma professora acidentalmente bateu o cotovelo no rosto do mesmo”, disse a família no boletim de ocorrência.
A família teve acesso a duas imagens. “No dia 17 de junho foi quando bateram na boca do meu filho. Realmente foi sem querer”, disse a mãe. “Mas no dia 11 de junho, ele estava deitado próximo a um coleguinha e começou a chutar. Foi totalmente errado o que ele fez. Eu compreendo. A professora saiu do canto que ela estava, ela nem estava brincando, ela saiu do canto dela, foi até onde meu filho estava, ficou bem de lateral com ele, puxou ele pela perna e jogou ele pelo canto. Ela puxou e jogou ele. Ele bateu a cabeça e a coluna. No momento ele se encolhe e começa a chorar. As crianças, umas 10, viram e ficaram assustadas”, disse a mãe. A avó estava do lado de fora e ouviu o neto chorar. “Quando entregaram ele para ela, só disseram que ele teve um desentendimento com um coleguinha”, disse a mãe. Ela relata que quando há uma briga ou confusão entre alunos, os pais são obrigados a assinar um livro para que os outros pais tenham ciência do que aconteceu. Neste dia, não teria havido isso.
Mais de um mês após o ocorrido, os familiares alegam que apenas nesta quinta-feira (8), no mesmo dia da entrevista a OVALE, foram informados que a professora havia sido transferida.