Perícia psiquiátrica realizada em Celso Ricardo de Oliveira, 46 anos, conhecido como ‘Matador da Bíblia’, constatou insanidade mental e levou a Justiça a determinar a custódia dele em hospital psiquiátrico do sistema prisional.
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A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou que Celso está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Taubaté desde o começo de abril deste ano.
O exame vinha sendo aguardado desde que a Polícia Civil investigou o envolvimento de Celso em ataques na zona sul de São José dos Campos, que deixaram dois mortos e oito feridos. Ele foi preso no começo de novembro de 2022.
O laudo era de responsabilidade do Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo), autarquia ligada à Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania.
Transtornos.
Na época da investigação, familiares de Celso disseram à polícia que ele possuía transtornos psiquiátricos, mais especificamente esquizofrenia paranoide.
Laudo médico de 2020 apontou “evolução grave de doença” em Celso, com “grande resistência à medicação” e “inquietação e impulsos agressivos violentos”, com “risco de morte iminente”.
O laudo dizia que ele necessitava de “cuidados especiais permanentes de segurança e medicamentos”. O prognóstico era de “caminhante para sombrio”.
Em decisão de março deste ano, a justiça determinou a aplicação de “medida de segurança” para Celso, com internação pelo prazo mínimo de três anos e remoção do réu a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
A pena deve perdurar “enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade” do matador. Após deixar o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos, Celso estava preso na unidade 2 do CDP de Guarulhos.
Ataques.
Segurando uma Bíblia na mão e uma pistola na outra, Celso foi indiciado por ter matado duas pessoas e ferido outras oito em São José. Um adolescente de 16 anos e um homem de 47 anos morreram nos ataques do matador.
Ele ainda utilizava uma carteira de identificação falsa da Polícia Militar e trabalhava como segurança de forma clandestina, portando arma de forma ilegal.
Para a polícia, se Celso não fosse preso, ele iria continuar matando em São José, tese confirmada por áudios do matador descobertos pela polícia, aos quais OVALE teve acesso. Ele se transformaria num ‘serial killer’ da região.
Nos áudios do matador, Celso dizia que pretendia “matar seis” na região sul de São José e que “vai morrer uns 15” no Campo dos Alemães. Ele se dizia “justiceiro”.