ESPORTE

Nadadora contrata advogados para contestar expulsão da Olimpíada

Por Da redação | Brasil
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Nadadora contesta expulsão de Olimpíadas
Nadadora contesta expulsão de Olimpíadas

A nadadora Ana Carolina Vieira, de 22 anos, foi expulsa da delegação brasileira que compete nas Olimpíadas de Paris, acusada de deixar a Vila Olímpica sem autorização e de discutir com membros da equipe de natação. Em resposta, a atleta contratou um escritório de advocacia para contestar o desligamento, alegando que a decisão foi arbitrária e que não teve a chance de se defender adequadamente.

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Em uma nota publicada nas redes sociais, Ana Carolina comunicou que está tomando medidas legais contra o Comitê Olímpico do Brasil (COB). "Medidas serão tomadas", afirmou a equipe de defesa da nadadora. Os advogados Octavio Rolim de França Pereira e Patrícia Cristina de Britto, que representam Ana Carolina, argumentam que a expulsão ocorreu sem justificativa adequada e que a nadadora está sofrendo danos psicológicos e profissionais irreparáveis.

O caso

Ana Carolina foi expulsa no dia 27 de julho, após sair da Vila Olímpica na noite do dia 26 sem permissão. Segundo o COB, é obrigatório que os atletas permaneçam concentrados na Vila durante os jogos. Além disso, a nadadora teria discutido com a delegação de natação sobre a decisão de retirar a colega Mafê Costa de uma prova de revezamento.

De acordo com a nota publicada por Ana Carolina, a atleta saiu da Vila Olímpica por um curto período para visitar a Torre Eiffel, algo que, segundo ela, foi realizado por muitos outros atletas. "A ida à Torre Eiffel durou aproximadamente 1h15 e o traslado foi realizado com veículos oficiais destinados aos competidores," destaca a nota.

Os advogados de Ana Carolina enfatizam que ela agiu movida por um senso de patriotismo e em nome da equipe, e que sua atitude não deve ser confundida com agressividade ou desrespeito. "Ana Carolina, em nome da equipe, se insurgiu, o que jamais poderá se confundir com agressividade ou desrespeito," afirmam os defensores.

Atualmente, Ana Carolina está em período de restabelecimento psicológico, com acompanhamento profissional. "Os danos são irreparáveis do ponto de vista psicológico e profissional," dizem os advogados. Eles ainda ressaltam que a nadadora se viu em completo desamparo após o ocorrido.

O Comitê Olímpico Brasileiro manteve sua posição inicial e negou as acusações feitas por Ana Carolina. Em comunicado, o COB afirmou que a atleta esteve acompanhada por uma Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que prestou apoio à nadadora. "A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto," alegou o comitê.

Os advogados de Ana Carolina afirmam que a nadadora irá se manifestar publicamente em momento oportuno. A defesa da atleta está focada em reverter a decisão e restaurar a dignidade e a carreira da atleta.

Ana Carolina Vieira é uma atleta promissora do Esporte Clube Pinheiros. Ao longo de sua carreira, ela já conquistou 147 medalhas de ouro, 97 de prata e 48 de bronze.

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