![Anjinho Heitor tinha um ano e oito meses](https://sampi.net.br/dir-arquivo-imagem/2024/07/457e44781fa4546a6db32fbaf8da3565.jpg)
"Só peço que orem, nada vai amenizar a minha dor. Está doendo muito dentro de mim".
Em agradecimento às palavras de apoio, a mãe do pequeno Heitor Nascimento dos Santos, o "Anjinho Heitor", afirmou a OVALE que apega-se à fé em Deus para suportar a dor pela morte do menino de um ano e oito meses, atropelado em São José dos Campos no dia 29 de junho. “Ele era muito amado. Nada que eu fizer vai trazer ele de volta”, disse a mãe, Gracielle do Nascimento, 35 anos.
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Segundo boletim de ocorrência obtido pelo OVALE, o acidente aconteceu por volta das 11h. De acordo com o documento, a PM foi acionada para atender um chamado de atropelamento. A motorista disse que o Heitor cruzou a rua repentinamente e ela não teria visto.
Em conversa com a reportagem, Gracielle falou sobre o que aconteceu com Heitor. “Minha filha mora no meio do quarteirão. Quem estava no final da rua escutou, porque foi muito forte”, disse.
Gracielle morava em Caraguatatuba com o filho, no bairro Getuba, e os dois estavam de férias, na casa de sua filha mais nova. Além de Heitor, Gracielle e mãe de duas meninas de 18 e 15 anos. “Minha filha ia trabalhar, a colega dela chegou o com o carro. Aí quando minha filha entrou no carro, o Heitor saiu. A motorista não viu e pegou ele”, disse Gracielle. Os irmãos eram muito ligados e ela acredita que o menino tenha corrido para ver a irmã.
“Mas ela não parou o carro e andou mais umas duas ou três casas para frente, arrastando meu filho”, disse a mãe. Desesperada, Gracielle conta que saiu correndo para socorrer Heitor. O garoto tinha muitos ferimentos e estava desmaiado. “Ele perdeu muito sangue”, disse mãe.
Sem saber o que fazer, Gracielle conta que pegou o menino no colo e seguiu para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Novo Horizonte. “Ele estava vivo, mas estava fraco, perdendo muito sangue”, disse mãe.
Com a gravidade do caso, Heitor foi transferido para o Hospital Municipal da Vila Industrial, onde não resistiu aos ferimentos graves e morreu por volta das 12h25. O corpo de Heitor foi velado no dia 30 de junho, em Caraguatatuba, onde também foi enterrado. “Esse menino era meu sonho. Era meu sonho ter um filho homem”, disse Gracielle.
A reportagem não localizou a motorista do carro. Segundo a família, a jovem trabalha em um petshop. “Eu acho que no mínimo, uma desculpa, coisa que ela não fez”, afirmou a mãe. Gracielle disse que está medicada e tem tentado assimilar tudo que aconteceu.