PROJETO

S. José: após ‘supersalários’, oposição pede mais dados em portal

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Claudio Vieira/PMSJC
Paço Municipal de São José dos Campos
Paço Municipal de São José dos Campos

Após quatro servidores comissionados da Prefeitura de São José dos Campos receberem em abril 'supersalários' que variaram de R$ 71,1 mil até R$ 155,8 mil, a vereadora Amélia Naomi (PT), que faz oposição ao governo Anderson Farias (PSD), apresentou projeto que visa ampliar as informações salariais disponíveis no Portal da Transparência do município.

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Atualmente, o Portal da Transparência disponibiliza apenas quatro dados: nome do servidor, tempo de serviço, remuneração do mês e verba eventual. Pelo projeto, passariam a ser informados outros dados, como cargo, lotação, salário base, adicionais, descontos, salário bruto e salário líquido.

Além disso, o projeto prevê que todos os dados publicados deverão ser mantidos no site, com a criação de uma série histórica - atualmente, o Portal da Transparência da Prefeitura disponibiliza apenas os dados dos últimos quatro meses.

Na justificativa do projeto, Amélia argumenta que o Portal da Transparência da Prefeitura "possui diversas falhas, especialmente na página referente aos salários de servidores".

A vereadora afirma ainda que, no caso dos 'supersalários', a Prefeitura "pagou salários acima do teto constitucional, sem disponibilizar qualquer explicação sobre isso em seu Portal da Transparência".

O projeto será lido na sessão dessa quinta-feira (13) e depois será encaminhado para análise das comissões permanentes.

SUPERSALÁRIOS.

O caso dos 'supersalários' ocorreu em abril desse ano e foi tema de uma reportagem de OVALE em maio - clique aqui para conferir o texto completo.

A lista dos servidores que receberam de R$ 71,1 mil a R$ 155,8 mil inclui os secretários municipais de Apoio Social ao Cidadão (Antero Alves Baraldo) e de Saúde (Margarete Carlos da Silva Correia), o secretário-adjunto de Proteção ao Cidadão (Luiz Félix de Souza Junior) e a assessora de políticas governamentais da Secretaria de Educação e Cidadania (Maria das Graças de Oliveira).

A Prefeitura alega que os valores correspondem a "um pagamento de indenização retroativo a servidores" aposentados que acumulam cargos em comissão, e que a medida atende a decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) - as decisões citadas, no entanto, foram tomadas pelo STF em 2018.

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