CRIME BRUTAL EM SP

Após matar pai e irmã, recebeu mãe no portão; depois ele a matou

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
O adolescente ao lado do pai e da mãe
O adolescente ao lado do pai e da mãe

Frio, sem demonstrar arrependimento ou remorso, o adolescente de 16 anos que matou os pais e a irmã, em São Paulo, contou à polícia como foi o crime, em detalhes. O caso chocou o país. Por meio do depoimento, as autoridades conseguiram avançar no entendimento de como foi a dinâmica do triplo assassinato, ocorrido na última sexta-feira (17), na zona oeste da capital, e descoberto dois dias depois, quando o jovem telefonou para a polícia e confessou os crimes.

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De acordo com o boletim de ocorrência, o adolescente justificou que matou os pais, que o haviam adotado aos dois anos, porque eles haviam retirado dele o acesso ao computador e ao celular. Além disso, na quinta-feira, em uma discussão, o menino alegou ter sido chamado de "vagabundo" pelos pais. A partir daí, ele começou a planejar o crime.

Com a arma do pai, Isac Tavares dos Santos, de 57 anos, que era guarda municipal em Jundiaí, o adolescente o matou com um tiro na nuca, por volta das 13h30, na cozinha. Em seguida, ele subiu a escada e matou a irmã, Letícia Gomes Santos, de 16 anos, com um tiro na cabeça. A mãe, Solange Aparecida Gomes, 50 anos, não estava em casa. Então, o filho decidiu esperar.

Solange chegou à casa da família por volta das 19h. O adolescente, depois de ter matado o pai e a irmã, fez questão de receber a mãe no portão, como se nada tivesse acontecido. Quando entrou em casa e foi à cozinha, ela se deparou com o corpo do marido. Solange ainda tentou socorrer Isac, mas foi morta com um tiro na nuca.

CORPOS.

À polícia, o adolescente relatou que manteve uma rotina normal, indo à padaria, pedindo delivery e até mesmo indo malhar na academia. Ele permaneceu na casa doi dias, ao lado dos corpos. Ele disse à polícia que não se arrepende do crime e que "faria tudo de novo", foi apreendido e encaminhado nesta segunda-feira (20) para a Fundação Casa.

Segundo informações preliminares, só teria ligado para a polícia na noite de domingo (19), confessando os crimes, porque não "aguentava mais o cheiro" dos cadáveres. Ao chegarem na casa, os policiais encontraram as vítimas e o adolescente. A pistola foi encontrada na sala, municiada e com um cartucho íntegro. A Polícia Científica periciou a cena dos crimes.

A Guarda Municipal de Jundiaí publicou uma homenagem ao pai, o guarda Tavares, como era conhecido. "A Unidade de Gestão de Segurança (UGSM) e a Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ) lamentam o ocorrido e prestará todo o suporte necessário à família do integrante da corporação. O GM Isac Tavares dos Santos de 57 anos estava lotado no destacamento Florestal. Prestativo e dedicado, estava na GMJ desde 2012", informou a corporação, nas redes sociais.

O adolescente vai responder por homicídio, feminicídio, posse ilegal de arma e vilipêndio de cadáver.

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