SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Após morte na rodoviária, moradores criticam 'cracolândia'

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Homem é arrastado e agredido dentro da rodoviária antes de ser morto
Homem é arrastado e agredido dentro da rodoviária antes de ser morto

A morte por espancamento de um homem em situação de rua dentro do Terminal Rodoviário Intermunicipal Frederico Ozanam, a Rodoviária Nova de São José dos Campos, na madrugada deste sábado (18), reacendeu as críticas à prefeitura pela movimentação de moradores de rua em torno do terminal, além de pedidos por mais segurança.

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Há indícios de que os dois homens que mataram a vítima também sejam pessoas em situação de rua. Um deles tem 35 anos e foi preso pela polícia. Ele alegou que estava sendo ameaçado de morte pela vítima. O segundo envolvido no crime continua foragido.

A vítima foi identificada como Marcos Vinícius Mascena da Silva, 26 anos, nascido em São Paulo e sem antecedentes criminais. Esse é o nome do homem que foi espancado e morto dentro da Rodoviária Nova de São José dos Campos, na madrugada do último sábado (18).

Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que o homem foi arrastado e agredido por outros dois homens dentro do terminal. Ele foi cercado pelos dois agressores dentro da rodoviária, arrastado pelo piso do terminal e morto espancado. O corpo foi encontrado no local de embarque e desembarque de ônibus.

Nas redes sociais, a Prefeitura de São José dos Campos voltou a ser criticada pela grande movimentação de pessoas em situação de rua ao redor do terminal.

“Briga de usuários de droga tem a todo o momento”, diz um comentário na rede social. “Um terminal tão importante que deveria estar totalmente seguro, pois circulam muitas pessoas e [os agressores] tiveram tempo pra fazer tudo isso”, diz outro.

Outros internautas cobraram mais segurança no terminal rodoviário. “Como acontece uma coisa dessas dentro do terminal e não tem um policial sequer”, diz um comentário. “Fica a pergunta: cadê os seguranças do local que não interferiram. Essa morte poderia ser evitada com toda certeza”.

A prefeitura mantém o Centro Pop (Serviço de Abordagem Social e Centro de Atendimento ao Migrante) ao lado da rodoviária. O serviço atende pessoas em situação de rua e os que estão de passagem para outros municípios.

OUTRO LADO

Responsável pela rodoviária, a Urbam disse que colabora com as investigações e que as informações necessárias serão prestadas somente à autoridade policial, responsável pelo esclarecimento do crime.

“Inclusive, as imagens das câmeras de segurança já ajudaram a prender um dos suspeitos. No boletim de ocorrência está registrado todos os dados prestados à polícia”, informou.

Questionada pela reportagem, A Urbam nada disse sobre a falta de atuação dos vigilantes da rodoviária e nem se a segurança será reforçada no terminal.

Por meio de licitação, a operação do terminal é feita pela empresa Sinart (Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda.). Entre as atribuições da operadora está a da segurança. Também procurada pela reportagem, a Sinart ainda não respondeu. O espaço segue aberto.

Sobre as pessoas em situação de rua no entorno da rodoviária, a Secretaria de Apoio Social ao Cidadão respondeu que a cidade “possui um dos mais bem estruturados programas de acolhimento de pessoas em situação de rua, um problema social crescente que tem reflexos não apenas na região, como no país e no mundo”.

“Com 10 vans e três carros de suporte, a equipe de abordagem é qualificada e conta com agentes e educadores sociais que atuam 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados”, informou.

E continuou: “Os abrigos municipais estão preparados para receber todos que estão em situação de rua, com acomodações confortáveis, incluindo canis e gatis, e equipe multidisciplinar. A pessoa que aceita ajuda é levada ao Centro Pop, onde é feita a triagem e o encaminhamento para o local adequado”.

A pasta disse que a prefeitura também oferece oficinas e atividades de convívio e socialização com o objetivo de ajudar os ex-moradores em situação de rua a voltarem para o mercado de trabalho, resgatarem suas cidadanias e dignidades e escreverem novos projetos de vida.

“Para conscientizar a população, a Prefeitura realiza uma campanha permanente ‘Não dê esmola, dê cidadania’, onde o munícipe pode ligar no 153 e acionar as equipes sociais para acolher esses moradores, que muitas vezes precisam de um tratamento.”

Comentários

2 Comentários

  • Carlos Alberto Guedes da Silva 21/05/2024
    Não tem policiamento, mais para o carro lá pra ver. O marronzinho chega na hora...kkk
  • Elbert 21/05/2024
    A política de segurança e ordenamento urbano do governo atual é uma catástrofe. Não existe segurança na cidade. Impensável este crime onde ocorreu. Da mesma forma que é inadmissível a perturbação da sossego devido as adegas, que tb são cenários de crimes. E a prefeitura se mostra inoperante. O 156 é 153 registram queixas q nunca têm solução. Temos de lembrar disso nas próximas eleições.