FEMINICÍDIO

Preso pela morte da mulher, marido tentou incriminar caminhoneiro

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Redes Sociais
Suely Luzia Lopes tinha 40 anos
Suely Luzia Lopes tinha 40 anos

O marido da dona de casa Suely Luzia Lopes, 40 anos, morta de forma violenta na noite desta terça-feira (14), em Cruzeiro, tentou incriminar um caminhoneiro no local do crime. O motorista de 56 anos prestou depoimento e foi a principal testemunha do suposto feminicídio.

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Emanuel Ferreira Bulhões Fernandes, 40 anos, foi preso em flagrante após a morte da mulher, segundo a Polícia Militar. Ele foi preso por homicídio qualificado e feminicídio, também por violência doméstica e familiar, e encaminhado para a cadeia pública de Cruzeiro.

O caso ocorreu às margens da Rodovia Doutor Avelino Júnior (SP-52), trecho do bairro Jardim Imperial, em Cruzeiro. A mulher foi encontrada caída no solo pela Polícia Militar, com sangramento excessivo na região da cabeça. A morte foi constatada no hospital.

A Polícia Civil também investiga a possibilidade de Suely ter sido atropelada. Acompanhado pelo advogado, um homem se apresentou à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Cruzeiro e disse ter atropelado "algo" na noite de terça-feira, na estrada Avelino Júnior, mas não soube dizer o que era. A polícia busca descobrir se Suely já estava morta quando foi atingida pelo carro.

PRISÃO

Os policiais militares prenderam o marido de Suely tentando fugir do local do crime. Emanuel estava alterado e recusou a abordagem, sendo necessário o uso de força moderada e emprego de algemas para contê-lo.

Emanuel negou a autoria do crime e alegou que a mulher teria sido atropelada às margens da rodovia. Ele também tentou incriminar um caminhoneiro que estava perto do local da morte de Suely.

O motorista estava ali por um acaso: o caminhão havia apresentado problemas mecânicos. Ele disse à polícia que, enquanto tentava reparar o veículo, presenciou um casal brigando e viu o homem agredir a mulher, que estava imobilizada por um golpe de mata-leão no pescoço. O agressor também segurava os braços dela.

Segundo a testemunha, Emanuel disse que a mulher era usuária de drogas e que a estava levando embora. Então, o motorista voltou para debaixo do caminhão quando ouviu um veículo (van) parando no local. Várias pessoas desceram e informaram que havia uma mulher caída às margens da estrada.

PEDRAS E ACUSAÇÃO

Logo em seguida, Emanuel voltou ao local do crime e arremessou pedras contra o caminhoneiro, perguntando onde ele “havia escondido a mulher dele, acusando-o de ter a colocado no interior do caminhão”, segundo o boletim de ocorrência.

O motorista chegou a pegar uma barra de ferro para se defender de Emanuel, que é uma pessoa de “grande compleição física”. As pessoas da van chegaram a intervir até a chegada da Polícia Militar.

Quando a viatura da PM chegou ao local do crime, Emanuel tentou correr e foi detido e preso em flagrante por homicídio qualificado e feminicídio. Ele foi encaminhado para a cadeia pública de Cruzeiro.

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